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HOMILIA DOMINICAL: SOLENIDADE DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

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A cada 8 de dezembro, a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, pois a Mãe de Jesus foi preservada do pecado original desde o momento de sua concepção, por isso a Igreja nos convida a proclamar: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. 


O Papa Francisco afirma: “Depois do pecado de Adão e Eva Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor da humanidade, Jesus Cristo. Perante a gravidade do pecado de Adão, Deus responde com a plenitude do perdão”, como diz São Paulo: \"onde abundou o pecado, superabundou a graça\" (Rm 5,20). 


 Como todo descendente de Adão e Eva segundo a carne, a Virgem Maria deveria contaminar-se com o pecado original assim que fosse concebida por S. Joaquim e Sant’Ana, mas ela foi preservada dele, a fim de tornar-se uma morada digna para o Filho de Deus encarnado, ou seja, para ser a Mãe do Salvador. A todas as outras pessoas criadas por Deus, os méritos da paixão e morte de Cristo na Cruz (Redenção) são aplicados para os libertar de um pecado já contraído, mas à Virgem Santíssima Deus concedeu o privilégio de não ser contamina pelo pecado, ou seja, o pecado nunca habitou nem habitará em Nossa Senhora, justamente porque Ela é a Mãe de Jesus, Mãe daquele que não tem pecado nenhum. Em outras palavras Maria foi preservada do pecado original, enquanto nós pecadores fomos restaurados de um pecado já cometido e contraído. 


Mas em que consiste este pecado do qual a Virgem Maria foi preservada? Na leitura tirada do Gênesis 3,9-15.20 Deus pergunta a Adão:  “onde estás?” Ele responde “ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me”. A vergonha e o medo de Adão são sinais de que ele desobedeceu a Deus, de que ele está perturbado interiormente, que ele perdeu a inocência, a harmonia, a serenidade e a paz com Deus. Porque? Por que  Adão e Eva se afastaram de Deus por causa do seu orgulho, da autossuficiência, por deixarem Deus de lado na sua vida, por não darem valor à sua Palavra, por quererem decidir por si só o que é bem e o que é mal, por colocarem-se a si próprios no lugar de Deus, de se acharem no direito de viverem sem Deus Pai Criador, de verem Deus como um adversário e não como um amigo. Adão e Eva pecaram porque escolheram seguir caminhos contrários aos de Deus, contrários aos seus mandamentos. Este pecado de Adão e Eva é o mesmo pecado da humanidade de hoje que acredita que pode encontrar a verdadeira vida e a felicidade sem Deus, sem seguir a sua Palavra.


A atitude da Virgem Maria foi totalmente contrária à de Adão e Eva. Diante da saudação do anjo Gabriel que a saudou como «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo» (Lc 1,28), a Virgem Maria responde com humildade e obediência:  “Eis aqui a serva do Senhor, faça em mim segundo a tua palavra”(Lc 1,38). Através desta resposta a Virgem Santíssima está colaborando a fim de que o Filho de Deus possa nascer entre nós como o Messias e Salvador,  para acabar com as consequências do pecado em nossa vida e nos fazer voltar a viver na harmonia, na graça e na paz com Deus.


A liturgia deste domingo do advento nos mostra que a raiz de todos os males e sofrimentos está no fato do ser humano deixar Deus de lado, de querer viver sem Deus, de achar-se auto suficiente. Por isso o Evangelho da Anunciação nos convida a viver como a Virgem Maria, afim de que procuremos estar atentos aos projetos e à Palavra de Deus, que tenhamos um coração disponível para estar a serviço do próximo, que vivamos unidos à Ele, buscando uma vida de bençãos, felicidade, paz, alegria e realização humana. Se agirmos como a Virgem Maria, Deus poderá agir através de nós, e seremos santos e irrepreensíveis diante Dele, seremos bem-aventurados porque buscamos descobrir o plano e o projeto que Ele tem para cada um de nós e vivendo-o a cada dia com verdade, fidelidade e radicalidade. 


                                                                                                      Pe. Valdir Luiz Koch.

 
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