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HOMILIA DOMINICAL:  SEDE SANTOS PORQUE EU SOU SANTO
Crédito da foto - ACI DIGITAL

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Hoje celebramos a solenidade de Todos os Santos. Todos nós somos chamados a viver a santidade independente de qual estado de vida nós assumimos: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48). Em Levítico 20,26 nos diz: "Sereis para mim santos, porque eu, o Senhor, sou santo; e vos separei dos outros povos para que sejais meus”. (Lv 20, 26). A santidade é basicamente a estreita união da pessoa humana com Deus. Deus é santo por natureza; os homens são santos na medida em que se aproximam d´Ele. Todos os que estão no céu atingiram a santidade perfeita. A graça santificante, que nos torna santos, nos foi dada no batismo, por isso é preciso durante a vida permanecer nesta graça. Essa graça é um presente, livremente dado por Deus. Quanto mais graça uma pessoa tem, tanto mais semelhante a Deus se torna. Esta graça nos é dada cada vez que participamos dos sacramentos. Uns sacramentos nos dão a graça santificante, outros a reforçam e outros nos devolvem a graça perdida com os nossos pecados.  "Deus nos salvou e chamou para a santidade" (2Tm 1,9).

Rezamos no Creio: “Creio na comunhão dos Santos”. Comunhão significa todas as coisas e pessoas santas que nos unem a Deus. Pelo batismo somos inseridos na Igreja e formamos um só Corpo que tem como cabeça Cristo, por isso os bens espirituais de Cristo nos são todos comunicados e transmitidos, bem como os bens de todos aqueles que se encontram junto de Cristo nos céus. Cristo é o membro mais importante da Igreja, pois é a Cabeça. É através Dele que nós somos santificados por meio dos Sacramentos. (Cf. CIgC 947). Assim o termo "comunhão dos santos" tem dois significados: "comunhão nas coisas santas (sancta)" e "comunhão entre as pessoas santas” (sancti) (CIgC 948). Nós os fiéis, somos alimentados na santidade pelo Corpo e pelo Sangue de Cristo, a fim de crescermos na comunhão do Espírito Santo e comunicá-la ao mundo.

Intercessão dos santos: “A intercessão é uma oração de petição que nos conforma de perto com a oração de Jesus” (CIgC 2634), ou seja, a intercessão é a oração que nós e os santos fazemos uns pelos outros, a exemplo de Jesus que está no céu intercedendo por nós. A Igreja é uma família, nós todos somos membros do corpo de Cristo e por isso todos nós estamos ligados uns aos outros, por isso podemos nos unir à Cristo para pedir pelos que necessitam da nossas orações. Diz a Catecismo: “Interceder é pedir a favor de outrem. Na intercessão, aquele que ora não «olha aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros» (Fl 2, 4), e chega até a rezar pelos que lhe fazem mal” (CigC 2.635). São Tiago nos diz: “Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande poder." (Tg 5,16). A intercessão dos cristãos não conhece fronteiras: «... por todos os homens, ... por todos os que exercem a autoridade» (1 Tm 2, 1), pelos perseguidores (112), pela salvação dos que rejeitam o Evangelho (CigC 2.636). Portanto, intercessão significa cuidar espiritualmente de uma pessoa, rezar por ela, pedir as bençãos humanas e divinas.  

O Papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et exsultate diz que são cinco as características da santidade: a) manter-se focado em Deus e ter uma firmeza interior capaz de suportar as contrariedades da vida; b) Ser alegre. O santo vive alegremente e com bom humor. Nunca é amargo ou tristonho; c) Ser ousado, ou seja, não se acomodar, não ter medo, sair da mediocridade; d) Viver em família e em comunidade, pois eles são o espaço da Palavra e da Eucaristia, do perdão e da acolhida, onde o Ressuscitado se manifesta; e) Ter uma vida de oração constante. O santo é uma pessoa com espírito orante, que tem necessidade de se comunicar com Deus.

Portanto, Todos os Santos é a festa de todos aqueles que procuram, em cada dia, amar os seus irmãos e Deus. É a festa dos inúmeros rostos  humanos que trazem em si a imagem e a semelhança de Deus. Os santos foram homens e mulheres corajosos, capazes de reagir e de afirmar a todo o custo aquilo que os fazia viver. Eles não são só aqueles que foram proclamados oficialmente santos pela Igreja, mas também os que, com simplicidade e no dia a dia da existência, deram testemunho da sua fidelidade a Cristo. Sejamos santos pois esta é nossa vocação.

 
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