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HOMILIA DOMINICAL: RECONHECERAM AO PARTIR O PÃO
Crédito da foto - Centro Aletti

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A liturgia deste domingo nos apresenta um itinerário para o aprofundamento de nossa fé. Tanto a primeira leitura quanto a segunda testemunham que Jesus Cristo é o Messias que Deus prometeu ao seu povo. Os profetas anunciavam a grande libertação que devia vir ao mundo, mas a libertação que os judeus esperavam era de cunho político-nacional para Israel. Eles compreendiam o Messias como aquele que os libertaria das mãos opressoras do estrangeiro, porém, aparece o verdadeiro Messias, Jesus Cristo. 

Para entendermos melhor o parágrafo acima vamos refletir o Santo Evangelho deste terceiro Domingo da Páscoa. Nele nos é narrado o caminho percorrido por dois discípulos. Depois que Jesus foi morto, e no terceiro dia ressuscitou, ao cair da tarde daquele domingo dois discípulos puseram-se a caminho da cidade de Emaús. Um desses discípulos chamava-se Cléofas. Eles estão indo para esta cidade conversando sobre tudo o que havia acontecido com Jesus. Eles estão tristes, frustrados, pois acreditavam que Jesus era o libertador de Israel no sentido apontado no primeiro parágrafo desta homilia. Eles viram os milagres e sinais de Jesus, escutaram seus ensinamentos, encheram-se de esperança e expectativas, porém, tudo isso ruiu com a morte de Jesus. O Ressuscitado aparece como um caminheiro na estrada, junta-se aos discípulos, que não o reconhecem, porque está com o seu corpo glorificado, e podemos dizer, também, por causa da tristeza que os cega. A tristeza não é positiva na vida de ninguém, pois não nos deixa ver a realidade e não nos permite aproximar de Deus. Logo, estes discípulo saem de Jerusalém já que sua esperança fracassa. 

Jesus aproxima-se e pergunta pelo que estão conversando e mostra-se desinformado. Pode-se dizer que ele deixa a entender que não celebrou a páscoa como todos os judeus. E os discípulos mostram-se espantados pela desinformação. Como pode ele não ter celebrado a páscoa e não saber do que todos os peregrinos sabem? O acontecimento da crucificação de Jesus foi grandioso em Jerusalém e os discípulos relatam sua frustração. Já faz três dias que tudo aconteceu, e só. Está escancarada a falta de fé e de esperança. Cegos, não podem ver o milagre da ressurreição. Não acreditam nem no testemunho das mulheres que foram ao túmulo e confirmavam a vida nova. Somente acreditavam no túmulo vazio; desesperança completa.
Em seguida, vemos Jesus que chama a atenção deles pela pouca fé e inteligência. Aqui, Jesus faz um caminho catecumenal com os discípulos. Ele anuncia a Palavra explicando tudo o que os profetas disseram. É a catequese de Jesus. Ou seja, nós, discípulos, precisamos nos aprofundar na Palavra, experimentar a intimidade com Jesus Cristo. Ele diz que deveria sofrer a paixão para entrar na glória. Podemos concluir que sem a Cruz não há ressurreição, por isso, precisamos abraçar nossa cruz, unidos a Jesus, para chegarmos à Glória de Deus. 

Quando chegam próximo ao povoado de Emaús, Jesus finge querer continuar o caminho, mas os discípulos pedem que ele permaneça com eles, que faça refeição e descanse, pois, é tarde e a noite vem chegando. Quando fazemos a experiência da escuta da Palavra de Deus queremos que o Senhor permaneça conosco, habite em nosso coração e em nossa casa. E quando Jesus entra, o evangelista São Lucas descreve a refeição como a liturgia da Santa Missa, onde o Senhor toma o pão, abençoa, o parte e distribui. É neste momento que os discípulos reconhecem Jesus. Logo, também nós O reconhecemos em cada Eucaristia celebrada. A Santa Missa é o lugar do encontro com o Senhor. A refeição com Jesus é algo muito marcante para os discípulos, pois, nestes gestos ele se entregou a si mesmo como alimento a cada um de nós. Por isso, os discípulos de Emaús O reconheceram. Mas em seguida Jesus desaparece. 

Depois dessa experiência, os discípulos rememoram o que acabaram de vivenciar. Eles admitem que durante o caminho as palavra de Jesus faziam seus corações arder. Seus corações, assim como os nossos, devem arder de fé, de amor e de esperança em Deus. Quem é discípulo de Jesus não sente falta de outra coisa a não ser desse amor. E quem faz essa experiência, assim como os discípulos do evangelho, não fica parado, pois sente-se impelido pelo amor a anunciar o que viveu. Logo, os discípulos de Emaús voltam correndo para Jerusalém sem pensar na noite escura ou nas léguas a se percorrer. A alegria da ressurreição inunda os seus corações de alegria. Eles já não medem as consequências, somente querem anunciar a Jesus Ressuscitado. E nós anunciamos esta alegria com o mesmo entusiasmo?

Queridos irmãos e irmãs, temos neste evangelho um caminho a ser seguido. Precisamos nos alimentar sempre da Palavra e da Eucaristia. Elas nos dão a força de nosso Senhor Jesus para caminharmos rumo à Pátria definitiva. Precisamos nos colocar a caminho para nos converter e assumir a vida nova em Cristo Jesus. Que Deus vos abençoe. 

Pe. Jackson Fontana Oliveira.

 
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