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HOMILIA DOMINICAL: PROCURAR O TESOURO ESCONDIDO

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As parábolas do tesouro escondido e da pérola preciosa mostram que o Reino dos Céus é o maior bem que nós como cristãos podemos chegar a conseguir. Tudo se torna relativo diante dos bens divinos. “Reino de Deus” e “Reino dos céus” significa “Deus reina”. Significa que Deus é aquele que governa o mundo e tudo o que nele existe. Significa deixar que Deus reine sobre nós como Deus e Senhor de todas as coisas.

A parábola do tesouro escondido mostra que o Reino de Deus é abundante em bens espirituais. A parábola da pérola preciosa, nos mostra a beleza que o Reino dos céus possui. Ambos os tesouros, pérola preciosa e tesouro escondido, são encontrados após um período de procura. Com estas duas parábolas Jesus quer nos dizer que o Reino de Deus é um “tesouro” precioso, que nós como seguidores de Jesus devemos procurar, encontrar e tomar posse antes de qualquer outro valor ou proposta humana. O bem precioso encontrado gera em quem o encontra a decisão de “vender tudo” para adquirir o que encontrou, ou seja, o Reino de Deus tem prioridade sobre todas as coisas, por isso diante dele tudo perde o seu valor. Ser cristão é ter como prioridade, como objetivo mais importante, como valor fundamental, buscar e possuir o Reino de Deus, a salvação.

A parábola da rede lançada ao mar, que apanha diversos tipos de peixes é semelhante à parábola do trigo e do Joio. Esta parábola nos mostra que o Reino de Deus não é composto de um grupo selecionado de pessoas, onde só há gente perfeita e santa, mas é uma realidade onde bons e maus crescem simultaneamente. Isto mostra que Deus não tem pressa para julgar e  condenar. Ele não quer a morte do pecador, por isso, dá a cada um de nós o tempo necessário e suficiente para amadurecer as suas opções e para fazer o processo de conversão necessário para entrar nos céus.

O Reino dos céus supõe um julgamento último e a separação entre aqueles que seguem a Deus e fazem sua vontade e os injustos, que não seguem sua Palavra, sua Lei. O julgamento do fim dos tempos indica que tudo o que não corresponde ao projeto divino de salvação deve desaparecer, pois o Reino dos céus é incompatível com a maldade e com a injustiça.

Jesus termina o Evangelho afirmando que devemos ter a sabedoria de um pai de família para «tirar do seu tesouro coisas novas e velhas». Significa meditar e descobrir toda a riqueza que está na Antiga Aliança à luz da Nova Aliança realizada por Cristo através da Eucaristia. Significa olhar as antigas promessas do Primeiro Testamento  à luz do cumprimento dessas promessas feitas por Jesus na Nova e eterna Aliança. Significa que o discípulo de Cristo procura só para si a riqueza do tesouro do Evangelho, mas procura partilhar os bens divinos com seus irmãos e irmãs na fé. 

Significa que nós cristãos, a exemplo de Salomão, tenhamos a coragem de pedir a Deus um coração capaz de discernir entre o bem e o mal para poder governar a nossa vida como convém a Deus. Salomão pediu o essencial: a  sabedoria. Com ela Salomão desejava julgar e governar com justiça e por isso Deus lhe concedeu muito mais: riqueza; poder e uma vida longa. Isto nos mostra que a verdadeira sabedoria se aprende nos bancos da catequese, na oração em família e na comunidade. Mostra que a fé é alimentada com a escuta da Palavra de Deus na Santa Missa. Por isso temos de viver a nossa fé cumprindo fielmente os mandamentos divinos para que como o salmista possamos dizer: “A vossa lei faz as minhas delicias… Eu amo os vossos mandamentos mais que o ouro, o ouro mais fino”. O tesouro da fé não é só para nós, mas ele  aumenta e se multiplica na medida em que repartimos o tesouro da fé com o próximo e procuramos a santidade. Ser santo é parecer-se com Jesus Cristo, sermos conformes à Sua imagem. E isso realiza-se pela graça de Deus, que recebemos no batismo e nos identifica com Ele. À medida que vamos crescendo na graça da fé vamos nos parecendo cada vez mais com Jesus. 

Pe. Valdir Koch | Pároco

 
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