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HOMILIA DOMINICAL: OS PERIGOS DA GANÂNCIA
Crédito da foto - ARTISTA SACRO GUTO GODOY

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“Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens” (Lc 12,15).


A Igreja propõe neste domingo a reflexão sobre a ganância. Esta é uma doença que ameaça a vida das pessoas. A sociedade é marcada pela supervalorização do dinheiro e dos bens. Esta mesma sociedade dita a velocidade de sua vida de acordo com a alta ou a baixa das bolsas de valores. Na cidade tudo “gira” em torno do comércio e do produção de bens. Isso gerou uma mudança nas relações interpessoais deslocando a visão de mundo do ser humano e de Deus para o lucro.


Muitas famílias são destruídas por causa da ganância. Quantas vezes se vê grandes brigas de irmãos em torno de heranças? Quantos pais valorizam mais o “dar” aos filhos o que eles nunca tiveram do que o “ser” presença amorosa e educadora? Quantos jovens são educados para as relações de mercado, mas não para as relações de família e matrimônio? Quantas famílias refletem o sentido da vida e a vocação dada por Deus a cada pessoa? Com estas perguntas pode-se notar o deslocamento dos valores que fazem a pessoa viver em relações falsas e superficiais em detrimento da ética e da moral; e porque não dizer da Salvação.


A busca em ter e ser visando somente no acúmulo de bens leva o ser humano ao vazio interior. Este vazio aumenta cada vez mais e não importa o quanto o indivíduo busque saná-la com as coisas do mundo, sempre será maior, pois, o que acaba com este sentimento é somente a busca do sentido da vida. Deus é o sentido da vida. Quando o ser humano se depara diante de Deus nas suas orações e vida eclesial, ele se encontra com seu Criador que mostra a sua vocação, o objetivo de sua vida nesta terra. Também se encontra consigo mesmo, vendo a sua verdade, aceitando-se como é, buscando ser melhor todos os dias. Se encontra, também, com os outros, tendo a oportunidade de desenvolver relações de fraternidade. 


Jesus, no Evangelho, mostra o remédio para a doença da ganância: a morte. Ela é a maior certeza do ser humano neste mundo. Todos passarão por ela. E a Igreja, seguindo o ensinamento de Jesus, incentiva todos os fiéis a contínua reflexão sobre a morte, pois é um hábito saudável. Quando se reflete sobre ela, as coisas materiais adquirem a sua verdadeira importância na vida da pessoa. Quando bem direcionada esta visão das coisas, o indivíduo pode dirigir sua vida para aquilo que verdadeiramente é importante na vida. Deus, a família, a vida, o trabalho, enfim, tudo toma sentido novo e verdadeiro. Logo, a morte proporciona vida. 


Que este domingo ajude cada fiel no seu exame de consciência sobre sua vida. Que elas sejam redirecionadas para o Bem maior que é Deus. Ele é o sustento do ser humano. Ele preenche o vazio interior. Somente ele traz felicidade plena. 

 
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