Aumentar Fonte +Diminuir Fonte -Os samaritanos eram um povo fruto da mistura de pagãos e judeus. No aspecto religioso misturavam ritos pagãos com o judaísmo e por isso eram acusados de heresia em relação à pureza da fé jahwista (cf. 2 Re 17,29). Por serem considerados pagãos não foram aceitos pelos judeus (cf. Esd 4,1-5) para a reconstrução do Templo de Jerusalém (ano 437 a.C.). Por outro lado os Samaritanos, em vez de adorar a Deus no Templo de Jerusalém, construíram outro Templo no monte Garizim (333 a.C ) e para aumentar ainda mais a inimizade com os judeus, eles profanaram o Templo de Jerusalém, no tempo da Páscoa, espalhando nos átrios ossos humanos (6 d.C). Tudo isto levou a uma situação de inimizade entre judeus e samaritanos.
A cena do encontro de Jesus com a Samaritana passa-se em volta do “poço de Jacó”, poço estreito, aberto na rocha calcária, e cuja profundidade era aproximadamente uns 30 metros. Segundo a tradição, teria sido aberto pelo patriarca Jacó. Esse poço faz alusão à água que Moisés fez surgir da rocha enquanto o Povo de Deus atravessava o deserto em busca da terra prometida.
Para os Samaritanos esse poço representava a Lei, ou seja, os Dez Mandamentos, dados por Deus à Moisés no Monte Sinai e do qual brota a água viva que mata a sede de vida do Povo. A Samaritana estava a procura desta água que é capaz de matar a sua sede de vida plena, água esta que no Evangelho representa a ação criadora e vivificadora de Jesus. Os “cinco maridos” da Samaritana representam os cinco deuses pagãos que os samaritanos cultuavam, mas que não lhes matavam a sede que tinham de Deus (cf. 2 Re 17,29-41).
É neste aspecto da busca do sentido da vida, e da busca de Deus que o Evangelho de hoje nos pergunta: onde e em quem buscamos saciar a nossa sede de vida plena? Na Lei? Nos ídolos, nos deuses de hoje – fama, poder, dinheiro, prazer, consumismo ? Ou noutras propostas religiosas que não são a Igreja de Cristo?
O Evangelho nos diz que Jesus é o “novo poço” - “Sou eu, quem fala contigo” (Jo 4,26) onde todos nós podemos saciar nossa sede de vida plena, eterna e de felicidade. E que água especial é essa que Jesus tem para oferecer? É a água do Espírito Santo. No diálogo com Nicodemos, Jesus já havia dito que “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5). É o Espírito Santo, recebido nas águas do nosso Batismo e de modo pleno na Crisma, que uma vez acolhido em nosso coração, nos transforma, nos renova, nos recria, nos torna capazes de amar Deus e os outros, e faz nova todas as coisas (cf. Ap 21,5). Jesus diz à Samaritana: “Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá l’O em espírito e verdade... são esses os adoradores que o Pai deseja”(Jo 4,23-24).É o Espírito Santo que sacia a nossa sede de Deus, foi através Dele que nasceu a Igreja no dia de Pentecostes, é Ele que nos ensina o amor a Deus e ao próximo, que nos faz todos irmãos e irmãs uns dos outros, quem faz com que Cristo esteja presente na Eucaristia no seu Corpo e Sangue, é através dele que recebemos dons, carismas, talentos para a edificação da Igreja, é através Dele que recebemos o perdão dos pecados (cf. Jo 20,23), nos tornamos templos do Espírito Santo (cf. 1Cor 6,19) e tantas outras infinitas graças.
A Samaritana disse a Jesus: "Senhor, dá-me desta água viva" (Jo 4,15). Isto nos mostra que a missão de Jesus é nos comunicar este Espírito Santo, que Ele e o Pai enviaram sobre a Igreja e sobre cada um de nós após a sua ascensão. É Ele quem nos dá a vida divina através dos Sacramentos e da Sagrada Escritura. É Ele quem nos capacita a fazer as obras que são agradáveis a Deus, que nos conduz à verdadeira felicidade, vida plena, nos ajuda a tomar as decisões certas na vida, que nos impulsiona a anunciar a plenitude deste Espírito divino em nossa vida. A exemplo da Samaritana busquemos esta água viva e depois de encontrá-la em Cristo Jesus e na Igreja sejamos capazes de anunciar tudo aquilo que o Espírito faz e fez em nossa vida.
Pe. Valdir Luiz Koch.
Os samaritanos eram um povo fruto da mistura de pagãos e judeus. No aspecto religioso misturavam ritos pagãos com o judaísmo e por isso eram acusados de heresia em relação à pureza da fé jahwista (cf. 2 Re 17,29). Por serem considerados pagãos não foram aceitos pelos judeus (cf. Esd 4,1-5) para a reconstrução do Templo de Jerusalém (ano 437 a.C.). Por outro lado os Samaritanos, em vez de adorar a Deus no Templo de Jerusalém, construíram outro Templo no monte Garizim (333 a.C ) e para aumentar ainda mais a inimizade com os judeus, eles profanaram o Templo de Jerusalém, no tempo da Páscoa, espalhando nos átrios ossos humanos (6 d.C). Tudo isto levou a uma situação de inimizade entre judeus e samaritanos.
A cena do encontro de Jesus com a Samaritana passa-se em volta do “poço de Jacó”, poço estreito, aberto na rocha calcária, e cuja profundidade era aproximadamente uns 30 metros. Segundo a tradição, teria sido aberto pelo patriarca Jacó. Esse poço faz alusão à água que Moisés fez surgir da rocha enquanto o Povo de Deus atravessava o deserto em busca da terra prometida.
Para os Samaritanos esse poço representava a Lei, ou seja, os Dez Mandamentos, dados por Deus à Moisés no Monte Sinai e do qual brota a água viva que mata a sede de vida do Povo. A Samaritana estava a procura desta água que é capaz de matar a sua sede de vida plena, água esta que no Evangelho representa a ação criadora e vivificadora de Jesus. Os “cinco maridos” da Samaritana representam os cinco deuses pagãos que os samaritanos cultuavam, mas que não lhes matavam a sede que tinham de Deus (cf. 2 Re 17,29-41).
É neste aspecto da busca do sentido da vida, e da busca de Deus que o Evangelho de hoje nos pergunta: onde e em quem buscamos saciar a nossa sede de vida plena? Na Lei? Nos ídolos, nos deuses de hoje – fama, poder, dinheiro, prazer, consumismo ? Ou noutras propostas religiosas que não são a Igreja de Cristo?
O Evangelho nos diz que Jesus é o “novo poço” - “Sou eu, quem fala contigo” (Jo 4,26) onde todos nós podemos saciar nossa sede de vida plena, eterna e de felicidade. E que água especial é essa que Jesus tem para oferecer? É a água do Espírito Santo. No diálogo com Nicodemos, Jesus já havia dito que “quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5). É o Espírito Santo, recebido nas águas do nosso Batismo e de modo pleno na Crisma, que uma vez acolhido em nosso coração, nos transforma, nos renova, nos recria, nos torna capazes de amar Deus e os outros, e faz nova todas as coisas (cf. Ap 21,5). Jesus diz à Samaritana: “Deus é espírito e os seus adoradores devem adorá l’O em espírito e verdade... são esses os adoradores que o Pai deseja”(Jo 4,23-24).É o Espírito Santo que sacia a nossa sede de Deus, foi através Dele que nasceu a Igreja no dia de Pentecostes, é Ele que nos ensina o amor a Deus e ao próximo, que nos faz todos irmãos e irmãs uns dos outros, quem faz com que Cristo esteja presente na Eucaristia no seu Corpo e Sangue, é através dele que recebemos dons, carismas, talentos para a edificação da Igreja, é através Dele que recebemos o perdão dos pecados (cf. Jo 20,23), nos tornamos templos do Espírito Santo (cf. 1Cor 6,19) e tantas outras infinitas graças.
A Samaritana disse a Jesus: "Senhor, dá-me desta água viva" (Jo 4,15). Isto nos mostra que a missão de Jesus é nos comunicar este Espírito Santo, que Ele e o Pai enviaram sobre a Igreja e sobre cada um de nós após a sua ascensão. É Ele quem nos dá a vida divina através dos Sacramentos e da Sagrada Escritura. É Ele quem nos capacita a fazer as obras que são agradáveis a Deus, que nos conduz à verdadeira felicidade, vida plena, nos ajuda a tomar as decisões certas na vida, que nos impulsiona a anunciar a plenitude deste Espírito divino em nossa vida. A exemplo da Samaritana busquemos esta água viva e depois de encontrá-la em Cristo Jesus e na Igreja sejamos capazes de anunciar tudo aquilo que o Espírito faz e fez em nossa vida.
Pe. Valdir Luiz Koch.
