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HOMILIA DOMINICAL: NÃO TEMAIS
Crédito da foto - CENTRO ALETTI

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Depois de ter escolhido os Doze Apóstolos e os ter enviado em missão (domingo passado), Jesus faz hoje o  “anúncio da missão” ou também podemos chamar de “manual do missionário cristão” no qual se apresenta o conteúdo principal do Evangelho de que ninguém pode ficar fora da salvação. Nos apresenta também as atitudes fundamentais que nós discípulos missionários devemos assumir, enquanto testemunhamos o “Reino de Deus”, ou seja, precisamos assumir os desafios próprios da missão de ser cristão com confiança e entusiasmo. 


O tema central do Evangelho de hoje é “não temais”. O contexto deste pedido de não temer é o da eleição e da escolha. Deus elege alguém (um Povo ou uma pessoa) para o seu serviço; ao eleito, Deus confia-lhe uma missão profética no mundo.  E como Deus sabe que o “eleito” vai confrontar-se com forças adversas, que podem gerar sofrimento e perseguição, Ele assegura-lhe a sua presença, a sua ajuda e proteção.


No Evangelho Jesus nos assegura a sua presença, a sua ajuda, a sua proteção, a fim de que nós discípulos missionários superemos o medo e a angústia que resultam da incompreensão daqueles que não querem acolher o Evangelho. As palavras de Jesus lembram a bem-aventurança que diz: “bem-aventurados sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós” (Mt 5,12).


Jesus pede aos discípulos que não deixem o medo impedir a proclamação da Boa Nova da Salvação. Por isso o primeiro pedido que Jesus faz é que o Evangelho não pode correr o risco de ficar – por causa do medo – restrito a um pequeno grupo, mas ele precisa ser anunciado “a toda criatura”. O que é importante na vida de um discípulo é que não perca a possibilidade de ajudar alguém a chegar à vida divina e à salvação. 


Em segundo lugar Jesus convida os discípulos a descobrirem a confiança absoluta em Deus, pois Ele é um “Pai”, amoroso e cheio de ternura, que está sempre preocupado em cuidar dos seus “filhos e filhas”, em entendê-los e em protegê-los. A certeza de ser filho e filha de Deus alimenta a capacidade do discípulo em dedicar-se – sem medo - à missão. É saber que Deus Pai é o dono da messe e da missão para a qual cada um é enviado. Por isso nada – nem as dificuldades, nem as incompreensões – ninguém consegue calar o discípulo que confia na solicitude, no cuidado e no amor de Deus Pai. 


Em terceiro lugar Jesus termina o Evangelho afirmando que a atitude do discípulo diante da missão é que vai determinar o seu futuro, que condicionará o seu destino último… Aqueles que se mantiveram fiéis a Deus e aos seus Mandamentos e que O testemunharam através da Palavra encontrarão a salvação; mas aqueles que procuraram proteger-se, que viveram numa vida morna, sem riscos, e sem coerência, terão recusado a vida em plenitude: esses não poderão fazer parte da comunidade de Jesus.


Portanto o Evangelho de Jesus não pode ser calado, escondido, mas precisa ser anunciado com palavras, com gestos e com atitudes. O valor supremo da nossa vida não está no reconhecimento público do que fazemos a Deus e ao próximo, mas está na vida que se faz entrega ao Pai e ao próximo. A Palavra de Deus que nos foi hoje proposta convida-nos a ter a coragem de nos declararmos discípulos do Senhor e fazer a descoberta de que Deus tem um coração cheio de ternura, de bondade, de solicitude para conosco. Se nos entregarmos com confiança nas mãos de Deus Pai não teremos qualquer receio ou desânimo de assumir a nossa missão e vocação.


Pe. Valdir Koch


 
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