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HOMILIA DOMINICAL: MANIFESTAÇÃO DE CRISTO ÀS NAÇÕES
Crédito da foto - Josep Monter Martinez / Pixabay

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Epifania é a manifestação do Salvador a todos os povos e Nações é quando o filho de Deus Pai dá-se a conhecer ao Mundo. É a manifestação de Deus na pessoa frágil do menino Jesus. A Epifania é a festa em que Deus nos mostra a sua face. É a festa da possibilidade de conhecer a Deus. Em Jesus, é Deus que está presente entre nós para nos guiar na travessia da vida, para reacender em nós o desejo do céu, das coisas do alto. A Epifania enfatiza que a salvação destina-se a todos os povos da terra, sem exceção. Judeus e gentios são membros de um mesmo e único “corpo” que é a Igreja. Todos participam da promessa feita por Deus a Abraão (cf. Gn 12,3) – promessa cuja realização se cumpriu em Cristo Jesus.

Celebramos como Epifania três eventos da vida de Jesus: a Epifania perante os magos do Oriente; a Epifania a João Batista no Rio Jordão; e a Epifania a Seus discípulos e início de Sua vida pública com o milagre das Bodas de Caná, quando começa o Seu ministério público. A Epifania marca a data em que os Reis Magos: Melchior, Gaspar e Baltazar adoram o Menino Jesus. Data em que encerram-se os festejos natalinos. E por isso são retirados todos os enfeites natalinos.

Os Magos, Melchior, Gaspar e Baltazar, estão repletos de simbolismos e o primeiro é o da universalidade da salvação, isto é, que a salvação é para todo o gênero humano. O segundo simbolismo é a missionariedade do Evangelho pregado. A universalidade da salvação veio para todos e, em vista disso, todo cristão deve ser um missionário. A missionariedade da Igreja faz parte da própria natureza da Igreja. A Igreja nasce e vive da missão. Ver os povos prostrados diante do Presépio é contemplar os cristãos saindo do Presépio em direção aos quatros cantos do mundo.

Os Magos não foram a Belém apenas para “ver” um menino. Eles foram para adorar, conforme disseram a Herodes (Mt 2,22). Adorar é colocar o Senhor no centro. È colocar Deus em primeiro lugar. É aceitar o ensinamento da Escritura que nos diz: «Ao Senhor, teu Deus, adorarás» (Mt 4, 10). Quando adoramos, permitimos a Jesus que nos cure e transforme; adorando, damos ao Senhor a possibilidade de nos transformar com o seu amor, iluminar as nossas trevas, dar-nos força na fraqueza e coragem nas provações. Os reis Magos não só adoraram, caíram por terra, reconheceram que o Menino era divino, que o Menino era o Filho de Deus que se manifestou e se manifestará a quantos o procurarem e souberem encontrá-Lo na simplicidade e na pobreza. Os Magos representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que se prostram diante d’Ele. 

A salvação trazida por Jesus é um longo caminho a ser percorrido. Andaram os Magos, andou a estrela. A luz da estrela pousou sobre a casa de Jesus. Toda a salvação se encontra na pessoa de Jesus: “Em nenhum outro há salvação” (At 4,12). Por isso, ela deve ser procurada.

Precisamos descobrir a estrela que nos guie de forma segura ao longo do ano na busca do rosto sereno e radioso do Senhor. Acolhendo Jesus, nossa Luz, sejamos como estrelas que O apontem para a humanidade ou levem a humanidade até Ele, para que O conheça e O adore, e O tenha como a Luz de sua vida. Adorar é um gesto de amor que muda a vida. É fazer como os Magos: levar ao Senhor o ouro, para Lhe dizer que nada é mais precioso do que Ele; oferecer-Lhe o incenso, para Lhe dizer que só com Ele se eleva para o alto a nossa vida; apresentar-Lhe a mirra – com ela se ungiam os corpos feridos e dilacerados – como promessa a Jesus de que socorreremos o próximo marginalizado e sofredor, porque nele está o Senhor. Adorar é saber calar diante do Verbo divino, para aprender a dizer palavras que não magoem, mas consolem. Adorando, descobriremos também nós, como os Magos, a direção certa do nosso caminho. E sentiremos, como os Magos, uma «imensa alegria» (Mt 2, 10). Sejamos estrelas que vão indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias Salvador.  

 
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