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HOMILIA DOMINICAL: AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO
Crédito da foto - CATHOPIC

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  1. No centro desta liturgia está o tema do amor a Deus e ao próximo, definido por Jesus como o maior mandamento da Lei e coração de toda a Escritura. A raiz de todos os mandamentos é o amor a Deus e o amor ao próximo. A Lei e os Profetas são apenas comentários a estes dois mandamentos. Dizer, portanto, que “nestes dois mandamentos se resumem a Lei e os Profetas”, significa que eles encerram toda a revelação de Deus, que eles contêm a totalidade da proposta de Deus para os homens. 

  2. Jesus limita-Se a citar Dt 6,5 e Lv 19,18. A Novidade de Jesus é que Ele coloca os dois mandamentos no mesmo nível e concentra toda a revelação de Deus nestes dois mandamentos. Para Jesus “amar a Deus” significa saber discernir a vontade de Deus Pai e a cumpri-la com fidelidade e amor. Este amor a Deus se concretiza na solidariedade, na partilha, no serviço, na doação da vida aos irmãos e irmãs. É um amor sem limites, sem medida e que não distingue entre bons e maus, amigos e inimigos. É um amor que passa pela escuta da Palavra divina, em prestar atenção a cada homem ou mulher com quem se cruzo pelos caminhos da vida, mesmo que ele seja um estrangeiro ou inimigo (cf. Lc 10,25-37). São João, o discípulo que Jesus amava, chega a afirmar: “Aquele que diz «amo a Deus» e não ama o seu irmão é um mentiroso”.

  3. No relacionamento com Deus o amor é fundamental. Com ele tudo ganha um novo sentido: não vamos à Igreja somente porque é um compromisso, vamos porque amamos a Deus e queremos nos encontrar com Ele; não rezamos somente porque é uma obrigação, o fazemos por que amamos o Senhor e queremos estar em diálogo com Ele. Quando descobrimos a beleza do amor, a fé ganha uma dimensão de autenticidade, de liberdade e de gratuidade que nos faz experimentar verdadeiramente Deus. O mandamento do amor a Deus está vinculado ao amor ao irmão. Com a mesma gratuidade com que vivemos a nossa relação com Deus, devemos viver nossa relação com os irmãos. O nosso amor a Deus e nossa reverência a seus ensinamentos se expressam quando o colocamos em prática a fim de gerar vida para todos. Este é o maior testemunho de fé que podemos dar: quando nosso amor a Deus se torna amor aos irmãos, transmitimos o próprio Cristo aos demais. Desse modo, a verdadeira fé está fundamentada no amor a Deus e o testemunho verdadeiro dessa fé é a vivência do amor aos irmãos.

  4. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!”. A exigência principal para cada um de nós é que Deus esteja presente na nossa vida. Como diz a Escritura, Ele deve imbuir todas as camadas do nosso ser e enchê-las completamente: o coração deve conhecê-lo e deixar-se tocar por Ele; e assim também a alma, as energias da nossa vontade e das nossas escolhas, bem como a inteligência e o pensamento, para que possamos dizer como São Paulo: “Já não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). O amor não é apenas a síntese ou o resumo das Escrituras, mas sua própria interpretação.

  5. Jesus ainda acrescenta em sua resposta que é preciso “amar o próximo como a si mesmo” (v.39). As palavras “como a si mesmo” significam que é preciso amar totalmente, de todo o coração. É preciso reconhecer que Deus está presente no irmão que sofre e este amor deve ser manifestado no auxílio que podemos dar, sobretudo, para aqueles que se encontram em maior fragilidade. Cristo deixou aos seus discípulos o mandamento do amor: “Como eu vos amei, assim amai-vos também vós uns aos outros” (Jo 13,24).  E ainda ressaltou: “Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13,34-35).  E São Paulo sintetiza assim a vida nova dos batizados em Cristo: “Não devais nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois o que ama o outro cumpriu a lei… Portanto a caridade é a plenitude da lei” (Rm 13, 8-10).

  6. Estejamos, portanto, atentos: o amor concreto para com o nosso próximo é a medida do nosso amor a Deus! A fé sem amor a Deus e ao próximo é uma fé inútil, vazia, falsa e morta!

 
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