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HOMILIA DOMINICAL: A VIDA VENCEU A MORTE

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Assunção de Nossa Senhora significa que a Virgem Imaculada foi elevada ao Céu de corpo e alma após sua morte. Deus a ressuscitou e levou-a para o Céu. A assunção de Nossa Senhora é a maior das festas da Santíssima Virgem Maria, pois trata-se de sua entrada na glória dos céus. A Virgem Maria não passou pela decomposição de seu Corpo num sepulcro. Ela foi elevada diretamente de corpo e alma aos céus. A Assunção da Virgem Maria é uma participação especial na Ressurreição de Jesus e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos.  

Nesta Solenidade proclamamos que Maria, no fim de sua vida, foi acolhida por Deus no céu “com corpo e alma”, ou seja, coroada, plena e definitivamente, com a glória que Deus preparou para os seus santos. Assim como ela foi a primeira a servir Cristo na fé, é a primeira a participar na plenitude de sua glória, a “perfeitíssimamente redimida”. Maria foi acolhida, completamente, de corpo e alma, no céu porque acolheu o céu nela.

A Virgem Maria foi elevada ao céu, à glória do seu Filho em todo o seu ser, corpo e alma, pois em vida ela esteve perfeitamente unida ao Filho na cruz (cf. Lc 2,34s; Jo 19,25ss), e agora está perfeitamente unida a ele na glória. São Paulo diz: “Fiel é esta palavra: Se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos”(2Tm 2,12). Santo Irineu de Lião (†200), afirma que Maria, a nova Eva, participou da sorte do novo Adão, Jesus Cristo, que ressuscitou depois da morte, ou seja, seu corpo não experimentou a corrupção.

A Virgem Maria por ser Imaculada, ou seja, por não ter a mancha do pecado original, não permaneceu na morte, que é a consequência do pecado. Ela é vitoriosa sobre a morte, assim como Jesus. Por isso na liturgia de hoje reza-se: “Preservastes, ó Deus, da corrupção da morte aquela que gerou de modo inefável vosso próprio Filho feito homem, Autor de toda a vida”. 
Esta solenidade litúrgica é também a nossa glorificação, pois aquilo que Deus realizou em Nossa Senhora, o realizará em cada um de nós com o nosso corpo mortal: seremos totalmente glorificados na glória luminosa do Espírito do Filho morto e ressuscitado. 

O que aconteceu com a Virgem Maria, esta humilde criatura de Deus, pode também acontecer conosco. Maria é humana como nós, gente como a gente. O que Deus ofereceu a ela é uma amostra do que Ele quer dar a todos nós. Ela foi elevada ao céu, diz a nossa fé. Olhando para ela, contemplamos o futuro que Deus quer oferecer a todos nós.  Aquilo que Maria já está vivendo como realidade, nós vivemos em esperança.

Nosso corpo é templo do Espírito Santo, nosso corpo ressuscitará, nosso corpo é dimensão indispensável do nosso eu. Para nós, cristãos, o corpo integra profundamente a personalidade de cada um: meu corpo será meu por toda eternidade; meu corpo é parte de minha identidade por todo o sempre! Honremos, então nosso corpo: “O corpo não é para a fornicação e, sim, para o Senhor e o Senhor é para o corpo. Ora, Deus, que ressuscitou o Senhor, ressuscitará também a nós – em nosso corpo- pelo seu poder. Glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo” (1Cor 6,14.20).

Hoje, olhamos para o céu. O céu é o nosso destino final. Não nascemos para viver na terra, mas para continuar vivendo no céu. Esta é a mensagem da Assunção de Nossa Senhora. Se Maria não tivesse acreditado na mensagem do anjo, se não tivesse dado seu “sim”, se não tivesse feito o caminho de sua vida com Jesus, ela não teria participado da glória divina, em sua Assunção. Em outras palavras, a Assunção é uma conseqüência da fé nos planos de Deus.

A Assunção de Nossa Senhora mostra que o caminho para se chegar na glória divina consiste em viver em Jesus, viver para Jesus e viver com Jesus; consiste em pertencer a Jesus, como diz Paulo. Quem assim vive participará, como Maria, da glória divina. Não se trata de um simples prêmio, mas de um projeto de vida.

De muitos santos conservamos relíquias que nós veneramos com grande devoção, de Nossa Senhora não conservamos nenhuma relíquia, nenhum pedaço do seu corpo santo. O seu corpo não sofreu a corrupção. A carne da Mãe e a carne do Filho são uma só carne. Por isto, a carne de Maria devia tocar a mesma sorte que tocou a carne de Jesus: ambas foram glorificadas no fim desta caminhada terrestre.


 
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