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HOMILIA DO 4º DOMINGO DA PÁSCOA

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Neste quarto domingo da Páscoa Cristo é apresentado como o modelo do Bom Pastor, que ama de forma gratuita e desinteressada as suas ovelhas, até ser capaz de dar a vida por elas. Jesus se descreve com duas imagens: a imagem da porta e do Pastor.
Jesus é a porta em dois sentidos: Em primeiro lugar, Ele é a porta pela qual as ovelhas podem ter acesso à salvação: “Se alguém entrar por mim, será salvo”. Não existe outro caminho, outra porta para a salvação a não ser o Cristo.  Em segundo lugar, Ele é a porta que dá acesso ás ovelhas. Nele as ovelhas estão protegidas e ninguém pode ter acesso às ovelhas se não passar por Ele. Neste sentido, Cristo fala daqueles que recebem o encargo de pastorear em seu nome. Ninguém pode arrebatar aqueles que são de Jesus porque Ele os protege e fortalece com o sopro de seu Espírito Santo. Ninguém pode se tornar pastor do rebanho de Cristo se não passar pela porta fazendo-se também ovelha. Ninguém pode pastorear na Igreja de Deus se não estiver unido a Cristo e se não reconhecer que Ele é o único pastor. Ninguém pode exercer a missão de Pastor se não lhe for dado ou reconhecido pela Igreja.
Santo Agostinho dizia: “Para vós sou bispo, convosco eu sou cristão”. Em outras palavras, em primeiro lugar eu sou ovelha, eu entro pela porta que é Cristo e me torno membro do seu rebanho. Depois, para melhor servi-lo nos irmãos, eu me torno um sacramento do seu pastoreio, mas sem nunca me esquecer que eu pastoreio em nome de Cristo. 
O pastor representa dedicação, cuidado e oferta de si (dar a vida). O Senhor Deus é comparado a um pastor (Sl 23,1-4; 78,25-26; 95,7) por que dá sua vida ressuscitada às ovelhas. O adjetivo “bom” deve ser entendido no sentido de “modelo”, de “ideal”. Jesus é o modelo ideal de Pastor. Ninguém pode exercer a missão de pastor se não a recebeu de Cristo.
Jesus como Bom Pastor não cuida das ovelhas em vista de uma remuneração, pois as ovelhas pertencem ao Pai e a Ele. Jesus age como proprietário, que nada é sem suas ovelhas. Jesus como Bom Pastor é aquele que presta o seu serviço por amor às suas ovelhas e não por dinheiro. A sua prioridade é o bem das ovelhas que lhe foram confiadas. Ele arrisca tudo em benefício do rebanho. Nenhum risco, dificuldade ou sofrimento O faz desanimar de cuidar de seu rebanho. Jesus não age por interesse mas por amor. Jesus não foge quando as ovelhas estão em perigo, mas defende-as, preocupa-Se com elas e até é capaz de dar a vida por elas. Jesus conhece cada uma das suas ovelhas, tem com cada uma relação pessoal e única, ama cada uma, conhece os seus sofrimentos, dramas, sonhos e esperanças.
O “pastor mercenário” é o pastor contratado por dinheiro. O rebanho não é dele e ele não ama as ovelhas que lhe foram confiadas. Limita-se a cumprir o seu contrato, fugindo de tudo aquilo que o pode pôr em perigo a ele próprio e aos seus interesses pessoais. Limita-se a cumprir determinadas obrigações, sem que o seu coração esteja com o rebanho. O mercenário quando sente que há perigo, abandona o rebanho à sua sorte, a fim de salvaguardar os seus interesses egoístas e a sua posição.
Jesus explica também quem são as suas ovelhas e quem pode fazer parte do seu rebanho. A missão de Jesus é universal, ou seja, se destina a dar vida a todos os povos da terra. No “rebanho” de Jesus, não se entra por convite especial, nem há um número restrito de vagas a partir do qual mais ninguém pode entrar…  A proposta de salvação que Jesus faz destina-se a todos os homens e mulheres, sem exceção. A condição é ouvir a voz do Pastor Jesus e crer Nele como o Filho de Deus. É aceitar as suas orientações, tornar-se seu discípulo. Jesus é o nosso modelo de vida a quem devemos seguir. “As minhas ovelhas escutam a minha voz” significa viver neste mundo sem deixar-se apegar ao mal. 
Rezemos pelos que nos pastoreiam para que sempre estejam unidos ao Supremo Pastor: Jesus Cristo. Rezemos para que Eles sejam como Cristo, pastores que dão a sua vida pelo rebanho. Rezemos por nós, ovelhas para que possamos seguir os nossos pastores vendo neles o Cristo. Que não faltem bons pastores, mas que também as ovelhas sejam dóceis e obedientes. Sobretudo, rezemos para que as ovelhas saibam discernir a voz dos pastores e a voz dos lobos. Os pastores legítimos são aqueles aos quais o próprio Cristo confiou o seu rebanho. Ninguém pode se auto-intitular pastor e guia do povo, sem que tenha recebido isso de um outro que, por sua vez, o recebeu de Cristo. E que a voz dos legítimos pastores da Igreja seja para nós como um eco, da voz do Único e Supremo Pastor. Neste domingo somos convidados a rezar pelas vocações. A nossa oração seja dirigida para o único Pastor, Jesus Cristo. Peçamos para que Ele dê à sua Igreja pastores que procurem conhecer e amar cada vez melhor o seu rebanho, e que tenham o cuidado daqueles que não são ainda da Igreja.



 
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