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HOMILIA DO 21º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Crédito da foto - INTERNET

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O Evangelho de hoje começa afirmando que muitos deixaram de ser discípulos de Jesus depois que Ele afirmou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu, quem comer a minha carne e beber o meu sangue viverá eternamente” (Jo 6, 51.54). Muitos acharam esta palavra por Ele dita uma palavra “dura” (Jo 6,66). Diante da recusa de muitos não quererem acreditar que Jesus está presente na Eucaristia Ele se dirige aos Doze Apóstolos e lhes pergunta: “Vós também vos quereis ir embora?” (Jo 6, 67), ou seja, Jesus não está disposto a voltar atrás no que disse, que Ele está presente no seu Corpo e Sangue na Eucaristia. O seu objetivo não é fazer discípulos a qualquer preço, não é agradar, mas é fazer discípulos que queiram seguir a verdade dos seus ensinamentos. Pedro toma a iniciativa e diz: “A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68). A partir dessa resposta de Pedro compreendemos que a fidelidade a Deus é questão de fidelidade a uma pessoa, e essa pessoa é Jesus Cristo. Tudo o que temos no mundo não sacia a nossa fome de infinito. Precisamos de Jesus, de estar com ele, de alimentarmo-nos à sua mesa, com as suas palavras de vida eterna!

Na continuidade do Evangelho ouvimos a afirmação “A partir de então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele”. Quantas pessoas que não acreditam na presença de Cristo na Eucaristia? Quantas pessoas acham impossível Jesus estar presente na hóstia e no vinho consagrados? Quantos abandonam a sua religião por achar que nós católicos adoramos um pedaço de pão? Quantas pessoas acham que a Igreja é muito exigente quando pede que os padrinhos sejam casados para batizar uma criança?  Quantos moram juntos sem serem casados e acham isso normal? Quantos acham muito os filhos terem que fazer a catequese para Eucaristia e Crisma? Também a estes e a cada um de nós hoje Jesus pergunta: “Isto vos escandaliza?” “Não quereis também vós ir embora?” Na sua resposta Jesus não suaviza, não tenta agradar, não tenta ter popularidade. Simplesmente nós temos que aceitar a autoridade de Jesus, reconhecer nele os ensinamentos que provêm do Pai, como novos e verdadeiros, santos e agradáveis ao Onipotente.

O Papa Bento XVI, na Exortação Apostólica “Sacramentum caritatis”, nos lembra: “A fé cristã corre perigo quando se deixa de sentir o desejo de participar na celebração eucarística em que se faz memória da vitória pascal. Perder o sentido do domingo como dia do Senhor que deve ser santificado é sintoma de uma perda do sentido autêntico da liberdade cristã, a liberdade dos filhos de Deus” (SC, 73). Saibamos também nós ficar com Cristo em cada Eucaristia e que seja ela o centro de nossa vida cristã e que a comunhão eucarística nos sacie a fome que sempre devemos ter do Pão Vivo que é o Cristo Senhor. A Igreja nos convida a santificar o domingo, sobretudo com a participação na Eucaristia e com um repouso permeado de alegria cristã e de fraternidade. Que o Senhor nos ajude para que nossos passos caminhem sempre em sua direção, pois só Ele tem palavras de vida eterna e só Ele é o caminho, a verdade e a vida. 

Neste final de semana, a Igreja do Brasil celebra o dia do Leigo e ministérios leigos. Isto porque na Igreja existem diversas vocações: a sacerdotal, a diaconal, a religiosa e a leiga. Todas são muito importantes e necessárias para a vida da Igreja, pois brotam do Batismo, fonte de todas as vocações. A Característica principal do leigo é a índole secular, ou seja, estando presente no mundo e dedicando-se às tarefas da ordem temporal (às coisas terrenas), santifica o mundo e o transforma segundo a vontade de Deus. É aquele que sendo batizado participa da comunidade eclesial (da Igreja) desempenhando diversos ministérios: catequista, Ministro da Eucaristia, agente das diferentes pastorais, serviço aos pobres e aos doentes, colaborando no governo paroquial e diocesano, participando de conselhos pastorais e econômicos. É o Espírito Santo presente na Igreja que suscita nos leigos uma diversidade de dons, carismas, talentos e ministérios para que a Igreja possa ser edificada no mundo e cumprir a sua missão de ser instrumento de salvação (Ap 114). Por isso peçamos na liturgia de hoje que Deus abençoe todos os leigos engajados em nossa comunidades através das pastorais, movimentos, serviços, escolas, associações e comunidades, para que ajudem na dinamização da fé em nossa paróquia.

 
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