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HOMILIA DO 1º DOMINGO DO TEMPO COMUM
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Celebramos hoje a Festa litúrgica do Batismo do Senhor que encerra o tempo do Natal, marca o início do tempo comum e o início da vida pública de Jesus. O Batismo foi o primeiro ato da vida pública de Jesus. O próprio Deus Pai apresenta Jesus ao mundo dizendo: “Este é o Meu Filho amado, em Quem eu encontro a minha alegria!” (Mt 3,17). Logo que Jesus saiu da água, o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma de pomba. Isto significa que no Rio Jordão, Jesus foi ungido com o Espírito Santo como o Messias. Impulsionado por este Espírito Santo, após o seu batismo, Jesus inicia publicamente a sua missão de anunciar o Reino de Deus.  É na força do Espírito Santo que Ele pregará, fará Seus milagres, expulsará Satanás e inaugurará o Reino; é na força do Espírito que Ele viverá uma vida de total e amorosa obediência ao Pai e doação aos irmãos até a morte e morte de Cruz. 
Jesus antes de voltar ao Pai, na ascensão, disse:  "Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. " (Mt 28, 19). Jesus está mandando que toda pessoa seja batizada. O batismo é necessário para a salvação. Jesus diz: “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16,16). Para Nicodemos Jesus também diz: «quem não renascer da água e do Espírito Santo não entrará no Reino dos Céus» (Jo 3,5). São Pedro Apóstolo também diz: Atos  “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe – a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar '” (At 2,38-39). Por isso o modo ordinário pelo qual nós nos salvamos é sendo batizados e vivendo a nossa condição de filhos e filhas de Deus.
O Cân. 867 § 1. Do Código de Direito Canônico diz que “Os pais têm a obrigação de cuidar que as crianças sejam batizadas dentro das primeiras semanas de vida”. Jesus ao dizer a Nicodemos:  "quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus” (Jo 3,3) mostra que o Batismo é um novo nascimento, por isso além do nascimento biológico nós precisamos nascer espiritualmente para Deus. Como diz Jesus:  "O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito\" (Jo 3,6). Não basta só nascermos na carne é preciso nascer também espiritualmente para Deus, por isso Jesus repete a Nicodemos: "Necessário vos é nascer de novo "(Jo 3,7) A criança é batizada ainda pequena para que o quanto antes ela possa se tornar filho e filha de Deus e ter acesso a todos os bens espirituais de Deus em sua vida. A criança ao ser batizada passa da condição de criatura de Deus (como é o sol, a lua, as estrelas, os pássaros) para a condição de filho e filha de Deus. Por isso São João nos dirá: "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. " (1Jo 3,1). Por isso não querer batizar uma criança, é não querer o filho ou filha como filho ou filha de Deus e herdeiro do Céus. Jesus diz: “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque delas é o Reino dos Céus (Mt 19,14).
Se a criança chegar aos sete anos de idade e os pais ainda não a batizaram, ela mesma pode pedir o batizado à Igreja. Nesta idade ela é considerada adulta para o Sacramento do Batismo, pois já tem o uso da razão, ou seja, já sabe distinguir o certo do errado, já sabe o que quer para si. Ela será colocada na Catequese e no segundo ano da Eucaristia será batizada independentemente dos pais. Estas orientações estão de acordo com aquilo que diz o Cân. 865 § 1. “Para que o adulto possa ser batizado, requer-se que tenha manifestado a vontade de receber o batismo, que esteja suficientemente instruído sobre as verdades da fé e as obrigações cristãs e que tenha sido provado, por meio de catecumenato, na vida cristã; seja também admoestado para que se arrependa de seus pecados”. 
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) n. 263 diz que a pessoa que é batizada recebe: o perdão do pecado original (quando criança) e quando adulto o perdão de todos os pecados cometidos antes do batismo; recebe a graça santificante; recebe a condição de filho ou filha de Deus; é incorporado em Cristo e na Igreja, pois o batismo é a porta de entrada na Igreja; tem o direito de receber os outros sacramentos; é participante da vida Trinitária de Deus Pai, Filho e Espírito Santo; recebe dons, talentos, carismas e uma vocação;  torna-se participante do sacerdócio de Cristo; fica em comum união com todos os outros batizados; recebe os dons do Espírito Santo; e o direito de uma vida imortal e de nunca mais separar-se de Cristo. Diante de tudo o que foi dito peço que nenhum pai ou mãe deixe de batizar o seu filho ou filha para que eles não sejam privados de todas estas bênçãos de Deus. Procure a Igreja para que seu filho ou filha seja batizado.
O batismo seja conferido por imersão ou por infusão – derramamento de água sobre a cabeça- (cân 854). Cuidem os pais, padrinhos e pároco que não se imponham nomes alheios ao senso cristão (cân 855). O lugar próprio para o batismo é a igreja ou oratório. Tenha-se como regra geral que o adulto seja batizado na própria igreja paroquial e a criança na igreja paroquial dos pais (cân. 857). 

Jesus se deixa batizar não porque tem pecados, mas para mostrar que Ele assumiu totalmente a nossa humanidade. Assim como nos fala Filipenses:  "Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. " (Fl 2,6-7). No Batismo Jesus mostra que Ele é o “Servo do Senhor” que se entrega nas maõs de Deus Pai, para ser obediente ao plano de salvação, e nos revelar que pela obediência a Deus Pai é que também nós seremos salvos.

O lugar próprio para o batismo é a igreja ou oratório (cân 856§1).
Recomenda-se que o Batismo, ordinariamente seja celebrado no domingo ou, se for possível, na vigília da Páscoa, para que se expresse mais claramente a passagem que o batizando está vivendo. Passagem do estado de criatura para filho ou filha de Deus (cân. 856)

 O Batismo é uma banho purifica, santifica e justifica (1Cor 6,11; 12,13);

O Batismo que Jesus recebe é o de João Batista: «um batismo somente com água»; o que nós recebemos hoje é aquele instituido por Jesus «Cristo Ele baptizar-vos-á no Espírito Santo e em fogo», ou seja, é um batismo para apagar o pecado original e nos dar a graça santificante. O batismo de Jesus é um batismo de solidariedade com a humanidade pecadora. Jesus ao ser mergulhado nas águas do Rio Jordão, assume a nossa condição de criaturas, a afim de percorrer conosco o caminho que  nos irá libertar do pecado e da morte eterna. Neste Batismo se dá a revelação de Deus Uno e Trino: Pai, Filho e Espírito Santo.

O Batismo é o primeiro dos sacramentos e condição para receber os demais. Ele nos concede o dom da imortalidade; nos leva a conversão do coração. A partir do Batismo, o cristão passa a fazer parte de um povo, e a Igreja apresenta-se como a verdadeira família dos filhos de Deus. O Batismo é a porta por onde se entra na Igreja. Ele é como um selo que exprime o domínio de Cristo sobre a alma do batizado. Cristo tomou posse da nossa alma no momento em que fomos batizados.
Na celebração do Batismo, temos os gestos e os símbolos. O primeiro gesto é o Sinal da Cruz, que nos é dado como escudo que deve proteger o batizando na sua vida; é como um “indicador” para o caminho da vida, porque a Cruz é o resumo da vida de Jesus. Depois há os elementos: a água, a unção com o óleo, as vestes brancas e a vela acesa. A água é o símbolo da vida: o Batismo é a vida nova em Cristo. O Óleo é o símbolo da força, da saúde, da beleza, porque é realmente belo viver em comunhão com Cristo. Como é grande a dádiva do Batismo! As vestes brancas nos mostram que fomos revestidos de Cristo. E a vela é o símbolo da fé que foi acesa em nosso coração e que se deve manter acesa por toda a vida.
Com O Batismo de Jesus o “céu se abriu” (Mt 3,16), isto significa que há um novo relacionamento entre o céu e a terra, tudo o que é do céu pode passar a terra, tudo o que é da terra pode entrar nos céus. Que possamos viver este intercâmbio entre o céu e a terra de acordo com a vontade de Deus.

 
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