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HOMILIA DO 1º DOMINGO DA QUARESMA
Crédito da foto - INTERNET

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São Paulo nos diz que Cristo assumiu em tudo a nossa condição humana, por isso nasceu numa família humana, deixou-se batizar como nós, chorou a morte do amigo, teve medo na cruz, compadeceu-se dos que não tinham o que comer, irou-se com os vendilhões do templo, foi tão humano que foi confundido com os profetas, foi perseguido por injustiças, sofreu calúnias e foi tentado durante toda a vida como nós, com uma única diferença importante: nunca foi vencido pelo pecado. Diz o Evangelho: “O diabo tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus”.

A primeira tentação de Jesus foi: Manda a esta pedra que se transforme em pão», ou seja, que Ele não se identificasse tanto com o ser humano e que usasse os seus poderes divinos de fazer milagres em seu próprio beneficio.

Para nós cristãos a tentação principal é que nós não nos identifiquemos tanto com Deus, que não nos deixemos ser divinizados, que não busquemos a santidade, que duvidemos de que aquilo Deus nos propõem não é um caminho de felicidade, de que as leis de Deus e a sua vontade para conosco não são perfeitas.

A segunda tentação: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos…». Para nós seres humanos, muitas vezes, consideramos uma pessoa de sucesso aquela que predomina sobre os outros, o que se faz respeitar mesmo à força, quem levanta a voz e faz tremer quem o ouve. Jesus durante toda a vida foi tentado a pensar como nós, a moldar-Se a esta maneira diabólica de pensar. Mas Ele apresentou uma proposta contrária a esta ideologia. Ele diz que grande é aquele que serve, o que se ajoelha diante do irmão, da irmã, mais pobre, doente  e presa para lhe lavar os pés.

A terceira tentação: «Atira-Te daqui abaixo…». Nesta terceira tentação o diabo quer colocar dúvida no coração de Jesus. A dúvida é: será que Deus é fiel nas suas promessas? Ele cumpre o que diz? Ele protege a pessoa que coloca Nele a sua confiança? O diabo quiz colocar no coração de Jesus o desejo de exigir provas à Deus de sua bondade, misericórdia, benção e proteção. Jesus sempre se recusou a pedir uma prova do amor do Pai.

Para nós a primeira tentação acontece quando nos fechamos egoisticamente sobre nós próprios,  para satisfazer os próprios caprichos, quando não queremos ajudar o próximo; quando nos convencemos de que cada um deve se virar como puder, quando estamos convencidos em acumular bens materiais apenas para si, quando se vive à custa dos outros, quando o ser humano se deixa levar por todas as formas de prazer e divertimento, quando esbanja o dinheiro em coisas inúteis, enquanto a muitos falta o essencial.

A segunda tentação para nós consiste quando fazemos opções contrárias às de Cristo: sempre que pretendemos dominar em vez de servir, quando não  somos solidários, quando só pensamos em tirar vantagem sobre os outros, quando não sabemos dar oportunidades de dias melhores àqueles que dependem de nós;  quando na família o homem ou a mulher se sente tentado em sentir-se dono do outro, com um sentimento de possessão e dominação; quando os namorados veem o outro coo um simples objeto de prazer; os que usam o poder político ou econômico em beneficio próprio.

A terceira tentação é quando passamos por tribulações e sofrimentos. Nossa fé acaba sendo provada, questionada. As vezes somos capazes de duvidar e perguntarmo-nos se Deus nos ama ou não. Se Ele se interessa por nós ou se nos esqueceu. E então exigimos de Deus provas. Se esta prova não aparecer nos revoltamos, abandonamos a nossa fé. Muitos afastam-se da Igreja e aderem a seitas que prometem curas milagrosas, para tentarem conseguir aquilo que não obtiveram do Deus dos cristãos.

Quais são os meios para superarmos as tentações? Jesus apresenta duas: A Palavra de Deus e a assistência do Espírito Santo. Na primeira leitura diz que é dar as nossas primícias a Deus para que sejam partilhadas com os pobres, viúvas e estrangeiros. São Paulo afirma que é proclamando com a boca e com o coração a nossa fé, seremos capazes de viver a fidelidade a Deus.

 
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