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HOMILIA - QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Crédito da foto - INTERNET

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“Temam ao Senhor e sirvam a Ele com fidelidade e de todo o coração” (1 Sm 12,24).
Um dos temas principais da Quaresma é a conversão do ser humano. Entende-se por conversão, a ação de mudar de direção, de certezas, de idéias, de conceitos, de visão, de valores, de caminho, principalmente se este caminho não é o caminho de Deus. 
Conversão é: comunhão com Deus, com a Igreja, com os demais fiéis e com a natureza. É reconhecer que precisamos de Deus e que precisamos mudar de vida. É o começo de uma nova maneira de viver. A conversão exige a progressiva conformação do nosso coração, da nossa mente, das nossas atitudes à vontade de Deus.
A conversão se inicia quando existe o arrependimento e a partir do momento em que o pecador está aberto para ouvir o que Deus, os irmãos e a natureza tem a dizer. “Ouça, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor!” (Dt 6,4).
A quaresma é um tempo de conversão e como a conversão é um processo (Lc 17,3) e uma atitude permanente na vida do cristão,  a Igreja nos propõem como elementos fundamentais da espiritualidade quaresmal: 1)  o jejum, 2) a oração; 3) a caridade.
A espiritualidade do jejum está baseado em Mt 4,4 onde Jesus nos diz que: “nem só de pão vive o homem mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus”. Significa dizer que além de uma realidade humana e material o ser humano também é formado de uma realidade espiritual e eterna. A alma/espírito do ser humano é alimentado pela Palavra de Deus, pela Eucaristia, pelas obras de caridade, orações, etc. Por outro lado a alma adoece e morre eternamente quando é dominada pelo pecado.
O jejum tem como objetivo fazer o ser humano disciplinar o seu corpo e a sua alma, mostrar domínio de si mesmo, sobre os instintos da carne. Assim os atos exteriores (jejuar, orar, e fazer caridade) devem ter íntima relação com a conversão interior. Seria inútil a pessoa abster-se de alimentos e atitudes exteriores, mas não se empenhar para melhorar o seu relacionamento com Deus e com o próximo.
A Igreja recomenda o jejum para pessoas acima de 18 anos de idade até os 59 anos de idade, exceto para as pessoas doentes dentro desta faixa etária. Para as pessoas menores de 18 anos de idade e acima de 59 anos de idade a Igreja recomenda a abstinência que significa deixa de comer alguma coisa no tempo da quaresma para doá-la a pessoas necessitadas. Ex: chocolates, doces, sorvetes, refrigerantes, etc. 
Assim crianças, adolescentes e idosos, mesmo alimentando-se bem, devem oferecer pequenos sacrifícios a Deus que são destinados às pessoas necessitadas. Recomenda-se para todas as faixas etárias a abstinência de carne todas às sextas feiras do ano para se fazer memória, honrar e adorar a santa morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na sexta-feira santa. As pessoas doentes estão dispensadas do jejum. E ainda a Igreja recomenda-se viver o jejum eucarístico uma hora antes da Santa Missa, ou seja, abster-se de alimentos sólidos. A água, suco ou leite tomado menos de uma hora antes da missa não quebra o jejum Eucarístico.
A Oração é um diálogo com Deus com o objetivo de aprofundar a comunhão entre a criatura e o Criador. Em Jeremias Deus diz: “Chame por mim que eu lhe responderei” (Jr 33,3). Quem dialoga também precisa estar disposto a ouvir para entender o seu interlocutor. A oração não é só por si, mas pelas necessidades espirituais e materiais da Igreja e dos irmãos na fé: “não cessamos de orar por vós” (Cl 1,9).
 É a maior e a principal virtude de um cristão, também chamada de “amor”. É toda obra que se faz buscando o bem do próximo, sem esperar uma recompensa por isto. São Paulo diz: “a caridade jamais passará” (1 Cor 13,8), pois ela permanece até mesmo depois de nossa vida terrena. É a caridade que nos fará entrar nos céus (Mt 25,31-46).
A Imposição das cinzas simbolizam a nossa fragilidade e pequenez diante de Deus, por isso o ser humano necessita de ajuda divina para se converter, mudar de vida. “Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar” (Gn 3,19).                  

 
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