Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando você concorda com a nossa política de privacidade.
Aceitar e fechar
 
 
 
Homilia - Pe. Valdir Luiz Koch - 28º  DOMINGO TC - DEUS NOS PREPARA UM BANQUETE
Crédito da foto - Internet

Aumentar Fonte +
Diminuir Fonte -
Na Bíblia o banquete é símbolo da unidade, da aliança, do projeto de felicidade e vida plena que Deus tem para todos nós. É uma imagem que evoca comunhão, diálogo, intimidade, alegria, amor, abundância e principalmente sinal de festa. E sendo uma festa preparada por um rei, imagina-se a abundância de comida, bebida e alegria. 
Esta parábola da festa de casamento do filho do rei que Jesus conta é um retrato da história da salvação que o próprio Jesus veio realizar incluindo toda a humanidade. A parábola do banquete quer dizer que Deus preparou uma grande festa e ofereceu um convite a todos nós para dela participar. Deus quer nos ver todos sentados junto dele, à volta da mesma mesa, desfrutando para sempre uma vida plena. Quem participar desta festa receberá a vida e felicidade em abundância. Jesus entendeu a sua vida como um grande convite em nome de Deus. Não impunha nada, não pressionava ninguém. Anunciava a Boa Nova de Deus, despertava a confiança no Pai, removia medos, acendia a alegria e o desejo de Deus. A todos devia chegar o seu convite, sobretudo aos mais necessitados de esperança.
No entanto, nos diz o Evangelho, que uma parte das pessoas não levaram a sério o convite para o banquete e por isso disseram não, outros além de não aceitarem o convite acabaram matando os profetas que foram enviados em nome do Senhor.  A rejeição ao convite para o banquete e o desprezo aos profetas geram consequências muito sérias, diz Jesus. 
Apesar da rejeição Deus não mudou de ideia, não cancelou a festa, quis continuar a convidar. Já que os primeiros convidados não aceitaram participar do banquete, Deus envia o seu convite a todas as pessoas que encontra pelo caminho para fazer parte da sua festa. O convite é feito a todos, sem distinção, incluindo maus e bons. O sentar-se à mesa é uma forma privilegiada de dizer que Deus acolhe todos com amor e que quer estabelecer  relações de comunhão e de familiaridade, sem excluir ninguém do seu convívio ou da sua comunidade.
Os convidados que não aceitaram o convite representam aqueles que estão instalados na sua auto-suficiência, nas suas certezas, seguranças e preconceitos e que não têm o coração aberto e disponível para Deus. Os convidados que aceitaram o convite representam todos aqueles que, apesar dos seus limites e do seu pecado, têm o coração disponível para Deus e para os desafios que Ele faz. Percebem os limites da sua miséria e finitude e estão permanentemente à espera que Deus lhes ofereça a salvação. São humildes, pobres, simples, que confiam em Deus e na salvação que Ele quer oferecer a cada homem e a cada mulher e estão dispostos a acolher os desafios de Deus.
Jesus diz quem não aceitar o convite a festa que Deus preparou é o mesmo que viver sem Deus e por isso a vida não terá sentido. É esse o significado do fogo, do choro e do ranger de dentes. Deus é exigente e não aceita desculpas para não amá-lo. Deus é bom e misericordioso mas exige fidelidade aos compromissos que nós assumimos no nosso batismo e na nossa crisma. Todos nós somos convidados a participar do banquete da vida e da santidade. Não adianta querer enrolar a Deus. Se não aceitarmos Deus fazer parte da nossa vida outros aceitarão. Deus nos quer vestidos com a veste do amor, do perdão e da conversão. O convite à festa dirigido a todos, sem distinção, mostra-nos que nós cristãos precisamos ser mais tolerantes, compreensivos e abertos, respeitar as diferenças individuais e culturais entre nós; e sermos mais acolhedores e servidores para com todos.
Jesus termina com uma parábola na qual o homem que não está usando traje de festa é expulso do banquete. Que veste é essa? Podemos dizer que é o documento de identidade do cristão. Qual é a identidade do cristão? É a prática do amor e da justiça. Não basta só ser batizado fisicamente, é necessário apresentar frutos de justiça, de amor e de misericórdia. É preciso viver os valores que marcaram a vida de Jesus e que constituem nossa identificação cristã. A questão essencial é se se aceita ou não se aceita o convite de Deus. Quem foi batizado e aderiu ao "banquete" do Reino, mas recusou o traje do amor, da partilha, do serviço, da misericórdia, do dom da vida e continua vestido de egoísmo, de arrogância, de orgulho, de injustiça, não pode participar na festa do encontro e da comunhão com Deus. Deus chamou todos os homens e mulheres para participarem no "banquete"; mas só serão admitidos aqueles que responderem ao convite e mudarem completamente a sua vida.

 
Indique a um amigo
 
 
Conteúdos Relacionados