Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando você concorda com a nossa política de privacidade.
Aceitar e fechar
 
 
 
HOMILIA: MEU SENHOR E MEU DEUS!!!!!
Crédito da foto - Internet

Aumentar Fonte +
Diminuir Fonte -

          O Evangelho de hoje inicia dizendo que as portas do lugar onde os discípulos se encontravam estavam fechadas por causa do medo dos judeus. As portas fechadas indicam aspectos negativos, como o medo, a insegurança, a fragilidade, a incerteza e o coração fechado à alegria e à fé da ressurreição. No entanto o único a ser capaz de atravessar estas paredes e portas fechadas é Jesus Ressuscitado. Ele aparece no meio dos Apóstolos nos mostrando que Ele é o centro da nossa vida, da nossa família, da nossa sociedade e da comunidade cristã. Ele é o ponto de referência, fator de unidade, esperança, perseverança e capaz de vencer os nossos medos e incertezas especialmente em tempo de pandemia. 
          Jesus disse em Jo 15,5  "sem mim nada podeis fazer. "Se Jesus não for o centro da nossa vida pessoal, familiar e comunitária, seremos estéreis, incapazes de gerar e preservar a vida que Deus nos deu. Sem Ele, seremos um rebanho sem Pastor, gente assustada, incapaz de enfrentar as dificuldades que vivemos hoje como consequência da pandemia, não seremos capazes de atitudes construtivas e transformadoras. Sem Ele, estaremos divididos, em conflito uns com os outros e não seremos uma comunidade de irmãos e irmãs. Por isso Jesus “sopra sobre eles” (Apóstolos) o Espírito Santo, dando os dons da sabedoria, da prudência, da inteligência, do temor de Deus capaz de vencer o medo, a divisão, a falta de cuidado com a vida, a falta fé e de solidariedade. É este Espírito Santo que nos une, que dá coesão e anima a comunidade cristã e a sociedade em torno de Cristo ressuscitado.
          A consequência da presença de Cristo ressuscitado entre nós é a Paz, que é um dom pascal, fruto do Espírito Santo. Paz,  Shallon em hebraico, significa harmonia, serenidade, tranquilidade e confiança de que seremos vencedores nas dificuldades da vida presente. A paz é sinal da vitória da vida sobre a morte, da graça sobre o pecado, da alegria sobre a tristeza, da coragem sobre o medo, da saúde sobre a doença. Os discípulos e nós hoje recebemos de Jesus a paz para que possamos ser portadores desta paz e do perdão a toda pessoa humana. 
          A segunda parte do Evangelho é uma catequese sobre a fé. A Carta aos Hebreus nos diz que a fé "é uma certeza a respeito do que não se vê " (Hb 11,1). São João nos mostra que a experiência da fé se faz dentro da comunidade cristã, através dos Sacramentos, da Palavra de Deus, dos encontros, dos retiros, das pastorais e das demais ações Evangelizadoras, pois Cristo se revela na comunidade e não fora dela.
A primeira atitude de incredulidade de Tomé frente ao anúncio da ressurreição representa aqueles que vivem fechados em si mesmos, aqueles que estão fora da comunidade paroquial e que não valorizam o testemunho e o trabalho de Evangelização daqueles que já fizeram a experiencia de Cristo ressuscitado em suas vidas e o anunciam. 
Mas mesmo assim Jesus insiste em fazer com que Tomé, e aqueles a quem ele representa, possam despertar para a fé. Diz o Evangelho que “Oito dias depois”, ou seja, no domingo, dia do Senhor, Jesus volta a estar com a sua comunidade cristã e se revela ressuscitado a Tomé, que supera a sua incredulidade e exclama: 'Meu Senhor e meu Deus!Jesus que nos mostra que esta experiência de fé não é exclusiva de Tomé, mas de todos nós cristãos, pois no nosso hoje Jesus continua se revelando a cada um de nós de modo especial através da Eucaristia, celebrada a cada Domingo em nome do Senhor. A comunidade cristã, que é a Igreja, precisa ser o lugar onde continuamos fazendo, verdadeiramente, a experiência de Jesus ressuscitado.
Esta comunidade precisa seguir o exemplo das primeiras comunidades que “eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações (At 2,42), ou seja, uma comunidade que tem fé, que reza e que vive a caridade. Uma comunidade que vive a misericórdia pois Deus é essencialmente misericórdia. A Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado” (MV,2). O Papa Francisco nos diz que “a credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo” (MV 10). Desta forma a liturgia de hoje nos convida a acreditar em Cristo e ter fé de que venceremos as contrariedades da vida presente, pois quem acredita na ressurreição do Senhor recebe dele o Espírito Santo, o perdão dos pecados, a paz e a certeza de que “não vos deixarei órfãos, mas eu voltarei a vós” (Jo 14,18).

Pe. Valdir Luiz Koch

 
Indique a um amigo
 
 
Conteúdos Relacionados