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O final de mais um ano civil, final de mais um ano solar nos leva a render sentimentos de gratidão a Deus por todas as coisas recebidas. Agradecer a Deus significa reconhecê-Lo como o único Criador de todas as coisas, conforme nos relata Gn 1. Deus não é somente o Criador, mas também o que Sustenta toda criação. Todo ser que existe neste mundo deve sua existência ao Deus Todo-Poderoso. Vivemos num mundo em que a vida humana transformou-se num grande comércio, onde tudo se compra e tudo se paga… É a época do descartável! Diante dessa realidade, muitos perderam o valor da gratuidade e da gratidão. Gratidão parece ser um bem cada vez mais raro. O “muito obrigado” e o “de nada” tendem a ser tão raros quanto outras “palavras mágicas”, como “com licença!”, “por favor!”, “desculpe!”, “sinto muito!”. Quem não sabe agradecer não enxerga nenhum “outro”, quer seja outra pessoa quer seja Deus. Agradecer é ao mesmo tempo uma confissão. No mínimo, a confissão de que não somos autônomos nem autossuficientes, mas somos dependentes de Deus e do próximo, pois não sabemos fazer toda as coisas. A principal característica de alguém dominado pela ingratidão é achar que os outros são “obrigados” a fazer coisas por ele. O Ingrato pensa: o governo é obrigado a me dar uma boa vida; o patrão é obrigado a me pagar tudo certinho, não importa se sou ou não mau funcionário! O rico é obrigado a ajudar o pobre, porque ele tem e eu não tenho; meus pais são obrigados a me sustentar, mesmo eu sendo maior de idade; Deus é obrigado a me curar, salvar, ajudar, porque sou religioso.São Paulo aos Colossenses, por sua vez, nos diz: “E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3.17). Dar graças em tudo implica reconhecer a mão de Deus em cada circunstância que nos cerca, em cada pessoa que “entra em nossa vida”, e entendendo que, se tudo vem da mão de Deus, consequentemente é bom. Tudo está de acordo com os planos, a sabedoria e o poder de um Deus santo, justo, bom amoroso, bondoso.Dar glória a Deus, agradecer pelas graças, dons e bênçãos que d’Ele recebemos todos os dias de nossa vida, são ações fundamentais à nossa fé. Uma das orações eucarísticas da Santa Missa diz: “Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-Vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai Santo, criador do mundo e fonte de vida” (Or. E. VI). Tudo o que somos e temos, recebemos de Deus: a vida, a alma, o ser, o alimento, o ar que respiramos, as faculdades intelectivas; exatamente tudo é dádiva de Deus. Se meditássemos detalhadamente isso, passaríamos o dia todo agradecendo os dons que recebemos (sem cessar) de Deus. A Missa é, acima de tudo, um ato de Ação de Graças, em que, por meio de Cristo na pessoa do sacerdote, oferecemos ao Pai toda a Criação, simbolizada no pão e no vinho que serão transformados no Corpo e no Sangue de Cristo.A gratuidade é a maneira de tocar o coração e a vida das pessoas, de modo abnegado e desprendido; a gratidão é a resposta de quem teve o coração e a vida tocados por outrem. A gratidão, em última instância, refere-se ao reconhecimento de que o que somos e temos não é fruto, exclusivamente, de nós mesmos. Somos chamados à gratidão porque o que nos constitui como pessoas humanas são as relações que estabelecemos ao longo da vida: conosco, com os outros, com o mundo e com Deus. A vida, ela própria, não nos pertence: ela é dom a ser por nós assumido na responsabilidade que nasce da gratidão. As ações de graças não caracterizam somente a vida da Igreja nesta terra. Na verdade, a vida eterna ao lado de Deus na bem-aventurança celestial, será uma vida marcada pela adoração e pelo agradecimento ao Senhor por suas grandes obras e seus atos redentores (cf. Ap 4,11; 7,12; 11,17).Não existe um só dia em que Deus não nos concede alguma graça particular e extraordinária! Em todos os momentos saibamos dizer: “Obrigado, Senhor, por tudo.” Não podemos esquecer-nos de que na vida das criaturas humanas tudo é dom de Deus, tudo é graça, tudo é bênção de Deus. Saibamos agradecer a tantas pessoas que tornaram nossa vida mais feliz neste ano: nossos pais, nossos professores, aos padres, aos médico, aos catequistas, aos colegas de estudo, de trabalho, as lideranças de nossa comunidade, dizimistas, benfeitores, colaboradores e de tantos outros. Que o Senhor conceda a todos um abençoado ano novo.
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O final de mais um ano civil, final de mais um ano solar nos leva a render sentimentos de gratidão a Deus por todas as coisas recebidas. Agradecer a Deus significa reconhecê-Lo como o único Criador de todas as coisas, conforme nos relata Gn 1. Deus não é somente o Criador, mas também o que Sustenta toda criação. Todo ser que existe neste mundo deve sua existência ao Deus Todo-Poderoso.
Vivemos num mundo em que a vida humana transformou-se num grande comércio, onde tudo se compra e tudo se paga… É a época do descartável! Diante dessa realidade, muitos perderam o valor da gratuidade e da gratidão. Gratidão parece ser um bem cada vez mais raro. O “muito obrigado” e o “de nada” tendem a ser tão raros quanto outras “palavras mágicas”, como “com licença!”, “por favor!”, “desculpe!”, “sinto muito!”. Quem não sabe agradecer não enxerga nenhum “outro”, quer seja outra pessoa quer seja Deus. Agradecer é ao mesmo tempo uma confissão. No mínimo, a confissão de que não somos autônomos nem autossuficientes, mas somos dependentes de Deus e do próximo, pois não sabemos fazer toda as coisas. A principal característica de alguém dominado pela ingratidão é achar que os outros são “obrigados” a fazer coisas por ele. O Ingrato pensa: o governo é obrigado a me dar uma boa vida; o patrão é obrigado a me pagar tudo certinho, não importa se sou ou não mau funcionário! O rico é obrigado a ajudar o pobre, porque ele tem e eu não tenho; meus pais são obrigados a me sustentar, mesmo eu sendo maior de idade; Deus é obrigado a me curar, salvar, ajudar, porque sou religioso.
São Paulo aos Colossenses, por sua vez, nos diz: “E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3.17). Dar graças em tudo implica reconhecer a mão de Deus em cada circunstância que nos cerca, em cada pessoa que “entra em nossa vida”, e entendendo que, se tudo vem da mão de Deus, consequentemente é bom. Tudo está de acordo com os planos, a sabedoria e o poder de um Deus santo, justo, bom amoroso, bondoso.
Dar glória a Deus, agradecer pelas graças, dons e bênçãos que d’Ele recebemos todos os dias de nossa vida, são ações fundamentais à nossa fé. Uma das orações eucarísticas da Santa Missa diz: “Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-Vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai Santo, criador do mundo e fonte de vida” (Or. E. VI). Tudo o que somos e temos, recebemos de Deus: a vida, a alma, o ser, o alimento, o ar que respiramos, as faculdades intelectivas; exatamente tudo é dádiva de Deus. Se meditássemos detalhadamente isso, passaríamos o dia todo agradecendo os dons que recebemos (sem cessar) de Deus. A Missa é, acima de tudo, um ato de Ação de Graças, em que, por meio de Cristo na pessoa do sacerdote, oferecemos ao Pai toda a Criação, simbolizada no pão e no vinho que serão transformados no Corpo e no Sangue de Cristo.
A gratuidade é a maneira de tocar o coração e a vida das pessoas, de modo abnegado e desprendido; a gratidão é a resposta de quem teve o coração e a vida tocados por outrem. A gratidão, em última instância, refere-se ao reconhecimento de que o que somos e temos não é fruto, exclusivamente, de nós mesmos. Somos chamados à gratidão porque o que nos constitui como pessoas humanas são as relações que estabelecemos ao longo da vida: conosco, com os outros, com o mundo e com Deus. A vida, ela própria, não nos pertence: ela é dom a ser por nós assumido na responsabilidade que nasce da gratidão. As ações de graças não caracterizam somente a vida da Igreja nesta terra. Na verdade, a vida eterna ao lado de Deus na bem-aventurança celestial, será uma vida marcada pela adoração e pelo agradecimento ao Senhor por suas grandes obras e seus atos redentores (cf. Ap 4,11; 7,12; 11,17).
Não existe um só dia em que Deus não nos concede alguma graça particular e extraordinária! Em todos os momentos saibamos dizer: “Obrigado, Senhor, por tudo.” Não podemos esquecer-nos de que na vida das criaturas humanas tudo é dom de Deus, tudo é graça, tudo é bênção de Deus. Saibamos agradecer a tantas pessoas que tornaram nossa vida mais feliz neste ano: nossos pais, nossos professores, aos padres, aos médico, aos catequistas, aos colegas de estudo, de trabalho, as lideranças de nossa comunidade, dizimistas, benfeitores, colaboradores e de tantos outros. Que o Senhor conceda a todos um abençoado ano novo.
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