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HOMILIA - 4º DOMINGO DA QUARESMA -
Crédito da foto - INTERNET

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Dentro do Tempo Quaresmal celebramos hoje o domingo da alegria. Alegria  porque o exílio e o confinamento não duram sempre; alegria porque a misericórdia de Deus é sempre maior que o nosso pecado; alegria porque o perdão é um dom capaz de fazer surgir a reconciliação e a paz; alegria porque o pecado dá lugar à graça de Deus; alegria porque podemos participar da Eucaristia que é a  presença de Deus entre nós.
A primeira leitura nos fala do tempo do Exílio do Povo de Deus. Hoje, em virtude da pandemia vivemos também como que exilados, impedidos de sair de casa, de conviver, de festejar a vida e até de celebrar juntos a nossa fé. O Povo de Deus da primeira leitura aproveitou o tempo de Exílio para fazer o seu exame de consciência sobre o seu relacionamento com Deus e percebeu que muitas vezes foi infiel à aliança, que fechou os ouvidos à Palavra de Deus e que foi indiferente à mensagem anunciada pelos profetas em nome de Deus. Por isso para nós também este tempo de quaresma e pandemia é um tempo de fazer o nosso exame de consciência e confessarmos uns aos outros os nossos pecados; de limpar  o coração das velhas mágoas e ressentimentos; de não deixar  que a ofensa recebida continue a contaminar o nosso coração como um vírus. Deus sempre nos oferece oportunidades de voltar e de recomeçar, pois Deus, é um Deus apaixonado pelas pessoas. 
O Povo de Deus no Exílio não tinha Templo onde oferecer as suas orações a Deus. Assim estamos nós também sem o direito de estarmos indo à Igreja, Casa de Deus, para celebrar presencialmente a Eucaristia. Imitemos o povo de Deus do Exílio que aproveitou este tempo sem templo para trazer à memória as orações antigas; os cânticos aprendidos de cor; a oração e a catequese familiar em sua própria casa; dedicar-se à escuta da Palavra de Deus. Façamos da família uma Igreja doméstica, onde a fé se vive e se transmite. O Livro de Crônicas que hoje ouvimos nos diz que as promessas divinas não caíram no esquecimento de Deus e que a pandemia que se abate sobre o povo não é definitiva, não é para sempre, mas convida o Povo de Deus à conversão. 
Na segunda leitura São Paulo nos recorda que a salvação é um dom de Deus, uma graça divina por isso afirma «é pela graça que fostes salvos» (v.5), «a salvação não vem de vós, é dom de Deus» (v. 9). A salvação é dada por Deus, mas precisa ser aceita pela humanidade, na fé. Em Jesus Cristo, Deus continua nos mostrando a sua misericórdia, mostrando o quanto nos ama, dando-nos o Seu Filho, que, ao morrer por nós na Cruz, nos diz que Deus nos ama sem limites. Acreditemos no Filho de Deus, elevado na Cruz, para n’Ele alcançarmos a eternidade, deixando-nos iluminar por essa Luz que em nós brilhará para sempre. A salvação não procede das nossas obras nem dos nossos esforços, mas são um caminho indispensável a seguir para que com elas corresponder livremente à graça de Deus. E as nossas boas obras são, antes de mais, obras de Deus, da sua graça que atua em nós.
No Evangelho São João afirma: “Tanto Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único; todo aquele que crer nele, há de ter a vida eterna”, ou seja, para que Cristo nos salve com a sua Morte é indispensável acreditar: Ter a fé vem a ser a condição de nos ser aplicado o efeito salvífico da Redenção realizada. A morte de Cristo é a suprema manifestação do amor que Deus tem por nós. Deus envia seu Filho para que o mundo seja salvo, tenha a “vida eterna”. Não é somente “vida além da morte”, mas vida presente. É a vida divina. Ela não começa depois da morte, mas aqui e agora, se acolhemos, na fé, o dom de Deus: Jesus Cristo. Jesus propõe a todos a vida sem limites.
Muitas vezes somos mais inclinados às trevas do que à Luz, porque estamos apegados aos nossos pecados. Mas só quando nos abrirmos à Luz, só confessando sinceramente as nossas culpas a Deus, encontraremos a paz verdadeira, a alegria autêntica. Então, é importante nos aproximarmos com regularidade do Sacramento da Penitência, em particular neste tempo da Quaresma, para receber o perdão do Senhor e intensificar o nosso caminho de conversão. Peçamos à Virgem Maria que possamos “apressar” os nossos passos para este encontro com Cristo; este encontro que só traz alegria e paz ao nosso interior.  Que ela interceda sempre por nós e nos direcione no caminho do bem e da santidade.

 
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