Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando você concorda com a nossa política de privacidade.
Aceitar e fechar
 
 
 
HOMILIA - 3º DOMINGO DA QUARESMA -
Crédito da foto - INTERNET

Aumentar Fonte +
Diminuir Fonte -
A Quaresma é tempo propício para reconhecermos que precisamos ser conduzidos por Deus, que precisamos renovar o coração e nos convertermos, por isso a liturgia de hoje começa nos apresentando Os Dez Mandamentos da Lei de Deus que tem como objetivo nos direcionar para uma vida nova, de fazer com que respeitemos a dignidade das pessoas e de seus pertences. 
Os três primeiros mandamentos nos mostram que Deus deve ser a referência fundamental da nossa vida, o centro em torno do qual se constrói toda a nossa existência. Nada nem ninguém deve ocupar, no nosso coração, o lugar que só a Deus pertence. Os outros sete mandamentos dizem respeito às relações comunitárias, ao nosso relacionamento com o próximo. Estes sete mandamentos procuram inculcar o respeito absoluto pelo próximo, ou seja, no mostram que o nosso próximo é sagrado e que deve ser respeitado;
Os Dez Mandamentos são dados a nós como forma de obter a felicidade verdadeira, praticar a misericórdia e experimentar as bênçãos do Senhor. Eles nos recordam que tudo aquilo que se refere a Deus deve estar em primeiro lugar. Nós precisamos reconhecer que dependemos e precisamos que Deus nos oriente para que possamos alcançar a felicidade. A Aliança que Deus fez conosco no Monte Sinai pressupõe a prática de todos os Mandamentos. A Lei de Deus sempre foi sinal e expressão da vontade divina, que deveria ser cumprida na sua totalidade. Viver os mandamentos é sinal de justiça, de santidade e de vida. 
Os mandamentos nascem do amor de Deus por nós e não tem o objetivo de limitar a nossa liberdade, mas estão propondo um caminho de liberdade e de vida plena. Por isso o mandamentos nos recordam que na vida de todos os dias somos, com frequência, seduzidos por outros “deuses” – o dinheiro, o poder, os afetos humanos, a realização profissional, o reconhecimento social, os interesses egoístas, as ideologias, os valores da moda – que nos querem afastar do Deus verdadeiro. 
A Quaresma é tempo em que buscamos nos reconciliar com Deus e com os irmãos, e os mandamentos do Decálogo são colocados diante de nós como princípios orientadores que contêm a sabedoria divina. Escritos com clareza, com uma linguagem que todos podem compreender, eles devem ser apreciados e observados como regra de ouro.
No Evangelho de hoje Jesus nos mostra que o culto que era prestado à Deus em sua época era um culto que afastava o homem de Deus, pois era baseado num comércio. No A.T o Templo representava a residência de Deus, o lugar onde Deus Se revelava e onde Se tornava presente no meio do seu Povo. Jesus dá um novo sentido ao Templo. Jesus é, agora, o lugar onde Deus reside, onde Se encontra com a humanidade e onde Se manifesta ao mundo. É através de Jesus que o Pai oferece à humanidade o seu amor e a sua vida. É Jesus que agora liga o ser humano com Deus, pois Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus é o lugar do encontro definitivo com Deus. Com Jesus a finalidade do templo é ser casa de oração para todos os povos.
Nós somos membros do Corpo de Cristo através do batismo, nós cristãos somos as pedras vivas desse novo Templo onde Deus Se manifesta ao mundo, e vem ao encontro da humanidade para nos oferecer a vida e a salvação. O culto que Deus aprecia é uma vida vivida na escuta da Palavra de Deus e traduzida em gestos concretos de doação, de entrega, de serviço simples e humilde aos irmãos. Mesmo que alguns poderosos procurem destruir o verdadeiro templo de Deus entre os homens, o seu próprio Filho, Ele levantar-se-á, Ele vencerá, Ele não poderá ser destruído porque é o Deus imortal.  São Paulo diz: “em Jesus temos livre acesso ao Pai” (Ef 2,18). Quando vamos comungar, é este homem, Jesus ressuscitado, que vem encher-nos com a sua benção e sua presença, nos fazendo um templo vivo do Espírito Santo. 
Neste tempo de caminhada quaresmal, somos chamados a reconhecer Jesus Cristo como o lugar do encontro com Deus. Acolhendo seus ensinamentos e seu testemunho aprendemos a viver uma religião cujo eixo é a compaixão e a misericórdia com o próximo. Somos convidados a aceitar as palavras de vida eterna que só o Senhor nos pode dar. Porque a sua lei, a lei dos mandamentos que nos são apresentados no livro do Êxodo, não estão fora de moda, mas são um caminho de vida eterna, se os vivermos verdadeiramente.

 
Indique a um amigo
 
 
Conteúdos Relacionados