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     Homilia - 29º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Pe. VALDIR LUIZ KOCH
Crédito da foto - Internet

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                   O tema central da liturgia de hoje é a afirmação de que Deus é o único Senhor da história e da vida de cada pessoa. No Evangelho, Jesus ensina que o ser humano, criado a imagem e semelhança de Deus, pertence somente a Ele. Por isso o ser humano deve exercer sua cidadania no mundo sem permitir que nenhuma outra pessoa, bem material ou sistema ocupem o lugar de Deus.
O que é mais importante é que o homem reconheça a Deus como o seu único Senhor. O homem não tem inscrito em si próprio a imagem de César, mas sim a imagem de Deus. O Gênesis diz: \" \'façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança\'... Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus\" (cf. Gn 1,26-27). Portanto, o homem pertence somente a Deus, deve entregar-se a Ele e reconhecê-l\'O como o seu único senhor. Jesus quer que o homem reconheça Deus como o seu senhor e realize a sua vocação essencial de entrega a Deus. O homem só pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Dele.
O homem e a mulher foram criados à imagem de Deus. Eles não são, portanto, objectos que podem ser usados, explorados e alienados, mas seres revestidos de uma suprema dignidade, de uma dignidade divina. Fomos criados para a comunhão com Deus e só nos sentiremos felizes e realizados quando nos entregarmos com confiança nas suas mãos e fizermos d\'Ele o centro da nossa vida.
Destruir a imagem de Deus que existe em cada criança, mulher ou homem, é um grave crime contra Deus. Nós, os cristãos devemos sentir-nos responsáveis sempre que algum irmão ou irmã, em qualquer canto do mundo, é privado dos seus direitos e da sua dignidade.
A “moeda” de Deus é o ser humano; é este que tem a imagem de Deus gravada em seu rosto. Logo, devolver a Deus o que é dele é restituir ao ser humano a sua dignidade original e inalienável. Inserido no mundo, o ser humano precisa ter consciência da sua pertença a Deus e não compactuar com nenhum sistema injusto que escravize e roube sua dignidade. 
Jesus quis sugerir que o cristão não pode nem deve omitir-se das suas obrigações para com a comunidade em que está integrado. Em qualquer circunstância, ele deve ser um cidadão exemplar e contribuir para o bem comum. A isso, chama-se \"dar a César o que é de César\".
O cristão respeita as leis e cumpre pontualmente as suas obrigações tributárias, com coerência e lealdade. Não foge aos impostos, não aceita esquemas de corrupção, não infringe as regras legalmente definidas. Vive de olhos postos em Deus; mas não se omite de lutar por um mundo melhor e por uma sociedade mais justa e mais fraterna. Jesus se preocupa é com o povo: a moeda é «de César», mas o povo é «de Deus». O imposto só é justo quando se reverte em benefício do bem comum. Jesus condena a transformação do povo em mercadoria que enriquece e fortalece os poderosos tanto dentro quanto fora do país. São Paulo irá lembrar sobre os deveres dos cristãos perante os poderes públicos e irá dizer explicitamente: “Pague-se o imposto a quem se deve o imposto” (Rm 13,7).
O Evangelho de hoje quer recordar à todos aqueles que tem algum poder civil que “jamais esqueçam o Senhor” porque Ele é o Deus que esta acima de toda autoridade. Ele é o Rei dos Reis. Devemos ter consciência de que só Deus é o Senhor do homem, e não há outro. A pessoa humana não pode pertencer a mais ninguém, mas somente a Deus, o seu Criador.  Isto também sinaliza que devemos respeitar cada homem e mulher, pois a imagem de Deus está impressa no rosto de cada pessoa.
Hoje celebramos também o Dia Mundial das Missões com o tema “A vida é missão” e o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8). Através da coleta missionária de hoje “somos chamados a ajudar, anunciar e dar o amor de Deus, naqueles lugares onde há sofrimento, pobreza e desespero”, diz o Papa Francisco.  Se a mensagem de Cristo é universal, é necessário que aqueles que dela se beneficiaram algum dia não a guardem só para si, mas devem anunciá-la, gritá-la, e dar àqueles que partiram para a missão os meios de a fazer conhecer. «Dar a Deus o que é de Deus» é anunciar também a outros, principalmente àqueles que não conhecem a Palavra, a felicidade que nos é dada pelo Altíssimo de sermos chamados filhos e filhas de Deus.

 
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