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Advento: À espera do Senhor que há de vir
Crédito da foto - Cathopic

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Neste domingo, o primeiro do Advento, iniciamos um novo ano litúrgico dedicado ao estudo do Evangelho de São Mateus. A liturgia nos fala de reconstrução, pois temos um tempo para reconstruir e restaurar a nossa vida de acordo com as virtudes teologais: fé, esperança e caridade. O meio desta restauração é a vigilância, a oração e o discernimento. 

O Advento quer dizer “espera” das coisas que hão de vir. E o centro destas coisas que hão de vir é a pessoa de Jesus Cristo, o Salvador da humanidade, a sua presença entre nós exige a purificação e o perdão dos pecados para que nos prepararemos bem para viver e celebrar o Natal de Jesus. 

O Evangelho nos diz que para não sermos pegos de surpresa com a vinda de Cristo, é preciso vigiar, ficar acordados, atentos e alertas. Esta vigilância se através da vivência da solidariedade, a preocupação de uns pelos outros, a comunhão de alegrias e tristezas, a corresponsabilidade nas tarefas para que todos estejam bem. Somos chamados a transformar as armas de guerra em instrumentos de trabalho, mudar a força de destruição em força de construção, abandonar a violenta guerra da competição e partir para a colaboração e a solidariedade. 

Vigiar é sentir-se responsável pela “casa” de Deus, pela proteção da família humana e da Igreja instituição das invasões de doutrinas estranhas; é estar sempre empenhado e comprometido na construção de um mundo que valorize a vida, o amor e a paz;  é corresponder aos compromissos de filhos e filhas da Luz; é ser um sinal vivo do amor, da bondade e da misericórdia de Deus no mundo; significa viver com a consciência de que existe uma vida futura onde se contemplará a Trindade, os anjos, a Virgem Maria e os Santos.

A leitura tirada da profecia de Isaías nos diz que a Palavra de Deus quando ouvida e praticada atrai todas as pessoas, Povos e nações ao Senhor e através dela as divisões, as hostilidades, os conflitos humanos vão desaparecendo, por isso as máquinas de guerra (espadas e lanças) transformam-se em instrumentos de trabalho (foices e arados). Quando o ser humano se comporta conforme a Palavra de Deus ele gera harmonia, progresso, entendimento entre os povos, vida em abundância, a paz universal.

O tema principal dos quatro domingos do Advento, será a escatologia, ou seja, as coisas últimas que acontecerão na vida do ser humano e da criação com a segunda vinda de Jesus Cristo. Na escatologia estuda-se a morte, o juízo, o inferno e o paraíso, por isso São Paulo Apóstolo nos convida: “Que todo o vosso espírito, toda a vossa alma e corpo se conservem sem mancha para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo”(cf. 1Tes 5,23). Trata-se de ter um encontro pessoal entre o ser humano e Cristo salvador, pois Aquele que esperamos já está conosco, está no meio de nós caminhando conosco na história humana.

Para aqueles que j procuram fazer a vontade de Deus o Advento é um tempo de vigilância e oração, pois o dono da Casa de Deus, Jesus Cristo,  está no momento fisicamente ausente e quando voltar Ele quer nos encontrar prontos, vigilantes e ligados a Ele pela missão que dele recebemos, vivendo e agindo de acordo com os seus mandamentos para construir o Reino de Deus aqui na terra, Reino que Ele iniciou com o seu ministério público na Galileia.

Dentro dos nossos propósitos de acolher “Jesus que vem”  deve estar o acolhimento à Palavra de Deus, a conversão pessoal,  a eliminação dos costumes e hábitos que são prejudiciais a nossa vida de cristão, e ao nosso ânimo de caminhar ao encontro do Senhor que vem. O cristão ideal é que não perde as oportunidades de fazer o bem, que não se deixa distrair com os valores deste mundo, que ama a sua vida e a vida do próximo, que vive sua vida presente como uma oportunidade de conquistar um prêmio eterno: o céu, a salvação e a comunhão com Deus. 

Portanto os discípulos de Jesus não podem, cruzar os braços, à espera do Senhor  que vem, pois esta não é uma espera passiva, de quem se limita a deixar passar o tempo até que chegue o final anunciado; mas é uma espera ativa, que implica um compromisso efetivo com a construção de um mundo mais humano, mais fraterno, mais justo, segundo os critérios do Evangelho. Junto com Maria Santíssima somos convidados a esperar e preparar a vinda ao mundo d’Aquele Menino Deus que vem para nos salvar. 

Pe. Valdir Koch

 
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